segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fator RH numa gestação

O que é o fator Rh, e como ele afeta minha gravidez?

* Qual é meu fator Rh?
* Como o sangue do bebê entra no meu sangue?
* É possível evitar a presença dos anticorpos anti-Rh?
* Como vou saber se tenho os anticorpos anti-RH?
* O que acontece quando o bebê nasce?

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Pontos principais: Seu médico vai verificar qual é seu fator Rh durante a gravidez para evitar a formação de anticorpos que ataquem o sangue do bebê.

Qual é meu fator Rh?

No início do pré-natal, o médico vai pedir vários exames de sangue de rotina, e um deles é o de tipagem sanguínea, para descobrir qual é seu grupo sanguíneo (A, B, AB ou O) e se você é fator Rh positivo ou negativo. Quem é Rh positivo possui uma proteína chamada antígeno D na superfície dos glóbulos vermelhos. Quem não tem esse antígeno é Rh negativo.

A maioria das pessoas é Rh positivo, mas a frequência varia de acordo com a raça. Entre a população caucasiana mundial, a proporção é de 85 por cento, mas ela é de 94 por cento entre os africanos e de cerca de 90 por cento entre os asiáticos. No Brasil, por volta de 95 por cento da população é Rh positivo.

O fator Rh só é importante na gravidez se a mãe for Rh negativo e o bebê for Rh positivo (a criança pode herdar essa característica se o pai for Rh positivo). Se o sangue do bebê entrar na sua corrente sanguínea, seu sistema imunológico pode reagir contra o antígeno D do sangue do bebê, como se ele fosse um "invasor", e produzir anticorpos contra ele.

Esse fenômeno é conhecido como "sensibilização" e, embora normalmente não cause problemas numa primeira gravidez, se você ficar grávida de novo e o bebê também for Rh positivo, os anticorpos do seu sistema imunológico podem atravessar a placenta e atacar as células do sangue do bebê, provocando anemia, icterícia ou, em casos mais graves, insuficiência cardíaca ou hepática na criança. O problema recebe o nome de doença hemolítica perinatal, ou eritroblastose fetal.

Como o sangue do bebê entra no meu sangue?

Em determinadas circunstâncias, o sangue do bebê pode se misturar com o seu, provocando a sensibilização:

• Se você tiver uma gravidez ectópica, ou tubária

• Em caso de sangramento vaginal ou aborto espontâneo após 12 semanas de gravidez

• Na realização de exames invasivos como a biópsia do vilo corial ou a amniocentese

• Se você sofrer um forte impacto na barriga durante a gravidez

Durante o parto, é muito provável que seu sangue e o do bebê entrem em contato, especialmente em caso de cesariana, de um parto normal difícil ou de remoção manual da placenta.

É possível evitar a presença dos anticorpos anti-Rh?

Se você produzir os anticorpos uma vez, eles permanecerão para sempre no seu sangue, por isso é importante evitar que eles sejam produzidos. Felizmente é possível fazer isso com uma substância chamada imunoglobulina anti-D, que é dada na forma de injeção muscular, normalmente na coxa.

Essa espécie de vacina age destruindo rapidamente qualquer célula do bebê que esteja na sua circulação, antes que você comece a produzir anticorpos. Isso significa que você não terá anticorpos que possam causar a eritroblastose fetal, nem nesta gravidez nem nas posteriores.

A vacina anti-D vem sendo usada há muitos anos, e pode ser aplicada sempre que houver alguma possibilidade de sensibilização.

Se você já possui os anticorpos (o que pode ser verificado num exame de sangue), não receberá a vacina, porque ela só tem utilidade para evitar a fabricação de anticorpos -- não destrói os que já existam.

Como vou saber se tenho os anticorpos anti-RH?

Seu médico vai pedir um exame de sangue logo que você engravidar, para verificar a presença de anticorpos, e um novo exame por volta de 28 semanas de gravidez. Se forem detectados anticorpos, sua gestação será monitorada para detectar possíveis sinais de anemia no bebê.

O que acontece quando o bebê nasce?

Logo depois do nascimento, é realizado um exame de sangue no bebê para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh. A amostra de sangue é tirada do cordão umbilical.

Se o bebê for Rh positivo, você receberá outra injeção de imunoglobulina anti-D. Ela deve ser aplicada no máximo até 72 horas após o parto para que sua resposta imunológica não seja acionada. Seu sangue também será testado logo depois do parto para detectar a presença de anticorpos.

Caso sejam encontradas grandes quantidades, pode ser necessária uma dose maior de imunoglobulina anti-D. Se o bebê for Rh negativo como você, a vacina não será necessária.

No caso de eritroblastose fetal já instalada, ou seja, se não tiverem sido tomados os cuidados de prevenção durante a gestação, o tratamento no bebê inclui transfusões de sangue.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estudos feitos com embrião são só uma "aposta", diz biólogo

Estudos feitos com embrião são só uma "aposta", diz biólogo

Com a anuência do Supremo Tribunal Federal, o Brasil pode agora, enfim, "apostar" nos estudos com células-tronco embrionárias. Essa é perspectiva para grupos de pesquisa nacionais de biologia molecular, diz o neurocientista Stevens Rehen, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ele é um dos dois pesquisadores que tentam, dentro do país, cultivar células-tronco retiradas de embriões humanos.

Não há certeza ainda, porém, de que elas renderão novas terapias. "É uma aposta, mas uma aposta fundamentada. E pode ser que todo mundo dê com os burros n'água daqui a alguns anos", disse o pesquisador à Folha. De acordo com Rehen, depois de o Supremo ter validado a Lei de Biossegurança, o que vem agora chega até a "assustar", por ser muito novo.

"Mas a ciência avança assim. Que bom que podemos apostar nisso. O Brasil sempre fica a reboque, como ocorreu com o Projeto Genoma, quando entramos tarde no processo", diz o cientista, que calcula que o Brasil terá sua linhagem de células próprias em até dois anos.

O fato de as pesquisas com células embrionárias estarem liberadas para embriões congelados antes de 2005 traz um certo alívio, mas está muito longe de resolver o problema. Segundo o cientista carioca, esse material congelado há alguns anos, "falando friamente", não é o ideal. "Não quer dizer que seja impossível [retirar as células desses embriões], mas o desafio passa a ser maior".

Além das complicações intramuros na bancada dos laboratórios, diz Rehen, no campo político o Brasil tem de escolher um modelo estratégico que não desperdice recursos financeiros para gerar os insumos de pesquisa necessários.

"Não precisamos de 50 laboratórios no Brasil produzindo células-tronco embrionárias. Se tivermos um ou dois que gerem linhagens celulares suficientes para pesquisadores de qualquer parte do Brasil está bom", afirma. "Não dá para querer gerar um cultura de célula em cada esquina."

Em paralelo à ação orquestrada do governo, o neurocientista da UFRJ também defende uma postura diferente da própria comunidade científica.

Gente em falta

Para Rehen, os cientistas brasileiros precisam colaborar mais. "Não tem de ter sonegação de informação científica. É o momento de abrirmos as portas do laboratório para que mais pessoas possam trabalhar. Se não houver um esforço coletivo, nada vai avançar", diz.

O número relativamente reduzido de cientistas atualmente no Brasil, apesar de muitos dos biólogos serem bem qualificados, é outro gargalo que precisa ser resolvido, diz o neurocientista. Rehen trabalha especificamente tentando fazer com que o material celular embrionário possa ser diferenciado em neurônios. As células dele vieram dos EUA.

"O mais importante agora, também, é formar mais gente. Nem adianta fazer como a Califórnia, investir até US$ 3 bilhões em projetos de pesquisa, porque não teremos grupos para usar todos esses recursos".

Segundo Rehen, os R$ 21 milhões anunciados pelo governo federal para todos os estudos com células-tronco, inclusive as adultas, é razoável. "A idéia do trabalho em rede é boa porque permite investir com profissionalismo", diz.

Mesmo ainda sem muitos grupos envolvidos diretamente com as células-tronco embrionárias --projetos de ponta existem em locais como a UFRJ, USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)- o Brasil, segundo Rehen, não pode ser rotulado como atrasado. "Principalmente se formos comparar com todo o hemisfério Sul, com exceção da Austrália", diz.

O atraso em relação aos EUA e a alguns países da Europa, como a Inglaterra, é histórico, afirma o pesquisador.
No Reino Unido, por exemplo, a discussão nos tribunais também está mais avançada. A Corte, lá, acaba de liberar o uso de embriões híbridos, que têm material humano e de vaca. "Aqui nós estamos discutindo coisas anteriores ainda", diz Rehen, que já antecipa uma dor de cabeça legal que pode surgir no futuro para os ministros do STF resolverem.

"Imagine se nessas pesquisas com células reprogramáveis um material de pele se transformar em um espermatozóide. Será possível gerar um filho sem que o pai saiba, ou seja, a partir da pele de alguém."

No caso brasileiro, Rehen não tem dúvida de que o componente religioso e conservador surgiu nos debates do STF pois no imaginário coletivo existe uma ligação entre as células-tronco e o aborto. "Diretamente, não tem nada a ver."

Para resolver isso, diz o cientista da UFRJ, a solução é aumentar a cultura científica da população. "É mais uma questão de formação básica mesmo, que precisa melhorar."

Cientistas criam molécula que amadurece células-tronco

Cientistas criam molécula que amadurece células-tronco

Uma descoberta acidental durante outra experiência levou os pesquisadores do centro médico Southwestern, da Universidade do Texas, à criação de uma pequena molécula que estimula o amadurecimento de células-tronco do sistema nervoso. A informação é da revista "Nature Chemical Biology".

Isso pode permitir no futuro o cultivo das células-tronco nervosas de uma pessoa fora do corpo, o estímulo a seu amadurecimento, e a reimplantação como células que funcionem para o tratamento de várias doenças, segundo os pesquisadores.

"Isto fornece um ponto de partida crítico para a medicina neurodegenerativa e a quimioterapia do câncer cerebral", disse Jenny Hsieh, professora de biologia molecular e autora do estudo. A criação da molécula permitiu que os cientistas revelassem alguns dos passos bioquímicos que ocorrem quando as células dos nervos amadurecem.

Os cientistas iniciaram este projeto como resultado de um estudo separado onde examinaram 147 mil compostos para ver qual era capaz estimular as células-tronco cultivadas de embriões de roedores, para que se desenvolvessem como células cardíacas.

Inesperadamente, cinco moléculas estimularam as células-tronco para que se transformassem em formas parecidas a células nervosas. Depois, os pesquisadores criaram uma variação destas moléculas em um novo composto chamado Isx-9.

Este composto foi mais fácil de usar que seus semelhantes descobertos inicialmente, porque funcionou em uma concentração muito mais baixa e também se diluiu mais facilmente em água.

"Em teoria, esta molécula poderia causar o amadurecimento pleno, ao ponto que as novas células nervosas poderiam gerar os sinais elétricos necessários para o funcionamento completo", afirma a pesquisadora.

Localização

As células-tronco nervosas se encontram em grupos dispersos em várias áreas do cérebro. Estas células são capazes de se transformar em vários tipos diferentes de células, não todas nervosas.

No estudo, as células-tronco nervosas de roedores tomados de uma área do cérebro chamada hipocampo foram cultivadas com Isx-9. Estas células se aglomeraram e desenvolveram finos apêndices, o que ocorre tipicamente quando se produzem células nervosas em um cultivo.

O Isx-9 impediu que essas células-tronco se desenvolvessem em outros tipos de células não nervosas e foi mais potente que outras substâncias neurogênicas na estimulação do desenvolvimento de células nervosas. A molécula gerou de duas a três vezes mais células nervosas e outros compostos que se usam comumente.

Liberação do uso de embriões dá tranqüilidade para pesquisas, dizem cientistas

Liberação do uso de embriões dá tranqüilidade para pesquisas, dizem cientistas

O aval às pesquisas científicas com células-tronco embrionárias, concedido nesta quinta-feira (29) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), dá tranqüilidade aos cientistas para a realização desses estudos, segundo especialistas ouvidos pela Folha Online. O STF nunca chegou a proibir esses testes, mas muitos profissionais ficaram receosos em continuar com os procedimentos, em razão do impasse jurídico.

O que são células-tronco embrionárias?
Como são as leis em outros países?
Como os cientistas querem usar as células-tronco?
Como são obtidas as células-tronco embrionárias?

"Houve uma desaceleração. Alunos de pós-graduação, e até mesmo eu, ficamos receosos em investir em uma carreira que corria o risco de ficar ilegal", afirma o neurocientista Stevens Kastrup Rehen, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que coordena um dos primeiros laboratórios nacionais a ter sucesso no cultivo dessas células.

As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais. Elas podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano.

Entretanto, o método de sua obtenção é polêmico, já que a maioria das técnicas implementadas nessa área exige a destruição do embrião.

Para o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, que propôs a ação contra as pesquisas com células-tronco, o embrião pode ser considerado vida humana --esse foi um dos argumentos utilizados por ele para pedir a inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei de Biossegurança.

Na visão de Rehen, a aprovação das pesquisas também deve elevar o investimento na área, tanto pelos governos, quanto pela iniciativa privada. O grupo do pesquisador estuda, desde 2005, o uso de células-tronco embrionárias para a cura do mal de Parkinson e de lesões medulares. O objetivo é produzir neurônios que possam ajudar nessa cura.

O ministro José Gomes Temporão (Saúde) comemorou a decisão do STF. "As pesquisas de células-tronco abrem inúmeras possibilidades para encontrarmos respostas para doenças que não têm tratamento hoje. O resultado permite à ciência brasileira assumir uma nova posição no cenário internacional", afirmou, em comunicado.

Normas

Pelos termos do artigo 5º da Lei de Biossegurança, mantido pelo STF, podem ser utilizadas as células-tronco fertilizadas in vitro e não utilizadas. A regulamentação prevê que os embriões usados estejam congelados há três anos ou mais e veta a comercialização do material biológico. Também exige a autorização do casal.

Mas, mesmo na comunidade científica, há quem discorde desses procedimentos. A bioquímica Lenise Garcia, professora do departamento de biologia celular da UnB (Universidade de Brasília), classifica a liberação das pesquisas como "uma derrota para a dignidade humana", em um cenário em que o homem "perde consciência de si mesmo".

Para Garcia, as pesquisas deveriam priorizar o uso de células adultas, que segundo ela, já mostraram resultados mais efetivos. "Ninguém foi curado por célula embrionária, o que tem dado resultado são as células adultas. Você vai tirar do que dá certo, para algo que não tem comprovação", afirma a pesquisadora.

Sara Saad, professora titular de hematologia e hemoterapia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), discorda dessa avaliação. Para ela, as células-tronco embrionárias ainda não foram estudadas o suficiente.

"Precisamos ter estudos em grande escala, para obtermos resultados mais rápidos. Se ficarmos travando [as pesquisas], não vai deslanchar nunca", diz. "Sabemos que [as células-tronco embrionárias] têm um grande potencial, mas estamos apenas começando. É algo que se estuda há pouquíssimo tempo".

Apesar disso, Saad, que pesquisa a utilização de células-tronco adultas, afirma que não tem interesse em usar as embrionárias.

Religião

A CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil) lamentou a decisão do STF de liberar as pesquisas. Para a instituição, o embrião "tem direito à proteção do Estado". "Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra", afirma, em nota.

Lenise Garcia, que afirma ser católica, também nega que apenas argumentos religiosos podem ser utilizados para reprovar esse tipo de pesquisa. "O argumento é científico. É a ciência que me diz que, quando um espermatozóide se funde com um óvulo, forma-se um ser humano", diz a professora da UnB.

Segundo Mayana Zatz, geneticista e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo), o próximo passo será submeter os projetos de pesquisa já existentes nessa área às comissões de ética e agências de financiamento. "Os ministros do Supremo é que tornaram possível essa vitória. Agora, estamos no mesmo barco do resto do mundo", afirmou.

Ela disse também estar otimista em relação aos resultados que serão obtidos no futuro. "Espero que, dentro de alguns anos, quando nós tivermos resultados, aqueles que votaram contra digam, 'eles tinham razão", afirmou.

USP produz proteína para recuperar osso

USP produz proteína para recuperar osso

Em três anos, numa visão otimista --ou cinco, na pessimista--, o Brasil terá seu primeiro biofármaco 100% nacional para reposição óssea. O desenvolvimento científico do produto é de responsabilidade do Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo). Os cientistas já têm um acordo com uma empresa brasileira, que será a responsável por dar escala comercial ao invento.

"O fato de o produto ser feito exclusivamente no Brasil vai diminuir os custos da aplicação para o Sistema Único de Saúde", explica Mari Cleide Sogayar, principal responsável pelo projeto. O grande salto evolutivo que o grupo conseguiu foi domar a superproteína BMP, que participa de vários processos de crescimento ósseo e de outros tecidos de mamíferos, desde o embrião até a fase adulta. "Ela é uma proteína bastante complexa", diz Sogayar.

Muito conhecidas e usadas nos EUA, duas versões da BMP, a tipo 2 e a tipo 7 (são 15 tipos no total) são identificadas pelos cientistas com a produção de crescimento ósseo. Soma-se a isso o fato de, desde os anos 1960, os pesquisadores já conhecerem os genes responsáveis pela síntese da BMP.

Com esses ingredientes todos dentro do laboratório, o caminho era conseguir, a partir de uma linhagem de células retiradas do ovário de um hamster, fazer com que a proteína fosse sintetizada.

"O grande desafio é conseguir uma quantidade importante de proteína e que ela tenha a atividade desejada", afirma Erik Halcsik, que também participa dos trabalhos na USP.

E o grupo, aparentemente, conseguiu. Os novos genes são colocados por meio de vetores (anéis de DNA nos quais os cientistas inserem os genes de interesse) dentro das células. Eles acabam sendo inseridos no genoma normal das estruturas celulares que, portanto, vão produzir a proteína desejada.

Após vários testes, que mostraram quais os ingredientes da receita de bolo precisavam ser mais bem trabalhados, o grupo da USP decidiu que tudo estava pronto. Os primeiros testes, então, foram feitos. E as pesquisas conseguiram promover o crescimento ósseo em camundongos. Foram seis anos de trabalho desde o início do projeto.

Células-tronco

A parte da aplicação da nova proteína no paciente também escapa do dilema ético. Não existe material celular na injeção do novo produto. "Apenas é feita a aplicação da proteína, combinada com material inerte (osso moído)", diz Sogayar.

Na seqüência, então, quem vai entrar no circuito são as próprias células-tronco adultas dos pacientes. Com a proteína servindo de substrato, as células do próprio organismo conseguirão sofrer uma replicação maior e, com isso, formar mais tecido ósseo.

Até ossos da boca, importantes para os transplantes dentários, por exemplo, poderão ser obtidos por esse método.

Fora da bancada

Apesar de acreditar que a proteína estará no mercado em três anos, Sogayar lembra que não é trivial transformar algo produzido no laboratório em produto a ser vendido no mercado, em grande escala.

"São muitos protocolos que precisam ser validados. E isso será feito em seguida pela própria empresa, que ainda não quer que o seu nome seja revelado", afirma a pesquisadora da USP. Todos os procedimentos, também, devem ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Mas com a dose de aplicação da proteína já aprovada pelo FDA (agência de vigilância dos Estados Unidos), de acordo com Sogayar, já é possível obter bons resultados terapêuticos, de forma bem mais rápida do que os tratamentos mais convencionais utilizados hoje.

Por existir esse precedente, acreditam os cientistas, a aprovação do protocolo aqui no Brasil deverá ocorrer também.

Europa analisa concessão de patentes a células-tronco humanas

Europa analisa concessão de patentes a células-tronco humanas

A grande Câmara de Apelação do Escritório Europeu de Patentes (EPO), com sede em Munique, na Alemanha, abriu na segunda-feira (24) o procedimento para decidir basicamente se é possível patentear células-tronco embrionárias de seres humanos.

O pesquisador americano James Thomson, pioneiro nos estudos com células-tronco, apresentou perante essa Câmara um processo sobre a questão, já que deseja patentear o procedimento e, com isso, as células por ele criadas. Thomson foi, em 1998, o primeiro cientista que conseguiu cultivar células-tronco humanas embrionárias.

"Não existem motivos para excluir as células-tronco embrionárias de uma possível patente", disse na capital bávara um porta-voz da Wisconsin Alumni Research Foundation, que representa os interesses de Thomson perante a grande Câmara de Apelação do EPO.

O porta-voz da parte litigante reconheceu que a regra 23d do Acordo Europeu sobre Patentes exclui conceder patentes a embriões humanos, mas afirmou que essa diretriz não tem por que afetar as células que são obtidas desses embriões.

Com base nessa norma, que exclui da concessão de patentes "o uso de embriões humanos para fins industriais ou comerciais", todas as outras instâncias da EPO tinham rejeitado a solicitação de Thomson.

"A direção 23d deve ser vista à luz da Carta Européia dos direitos fundamentais. Esta proíbe obter lucro do corpo humano ou parte do mesmo. Certamente que não se pode comerciar partes do corpo humano. Mas isto não é válido para células que são extraídas do corpo", disse o porta-voz da fundação norte-americana.

Ele acrescentou que esta carta não concede aos embriões um direito fundamental à vida, e ressaltou que o aborto é uma prática legal na maioria dos estados da União Européia. Além disso, lembrou que na Europa são destruídos diariamente embriões com o uso da pílula do dia seguinte.

Por sua vez, um porta-voz do EPO deu a entender que a máxima instância do escritório europeu voltará a decidir contra Thomson ao ressaltar que a direção 23d também protege os embriões da venda.

"No caso do litigante, não há dúvida de que usa embriões", disse o porta-voz do EPO, que aludiu a uma sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos que estabelece que a dignidade humana dos embriões deve ser protegida.

Christoph Then, especialista em patentes da organização ambientalista Greenpeace, contrária aos desejos de Thomson, afirmou que a "audiência no EPO fechará com uma sentença básica uma discussão de anos sobre a possibilidade de patentear células-tronco embrionárias".

Alemão facilita obtenção de células "éticas"

Alemão facilita obtenção de células "éticas"

Cientistas alemães acabam de simplificar a receita para a obtenção das chamadas células pluripotentes induzidas, as ansiadas células-tronco equivalentes às embrionárias que podem ser produzidas sem o uso de embriões.

Em estudo publicado on-line ontem na revista "Nature", eles mostram que é possível induzir esse comportamento usando apenas metade dos genes necessários --e eliminando o risco de câncer.

As células-tronco de pluripotência induzida (iPS) são criadas ao se injetar em uma célula comum quatro genes. No entanto, um deles, o c-Myc, traz risco potencial aos pacientes, por estar envolvido em tumores.

O grupo liderado por Hans Schöler, do Instituto Max Planck de Biomedicina, descobriu como induzir pluripotência em células de camundongo usando apenas dois genes.

O problema é que as células transformadas pelo grupo são células-tronco adultas neurais, elas mesmas difíceis de obter. O grupo acha, não obstante, que o estudo ajudará a acelerar o desenvolvimento de terapias em humanos, pois torna a técnica mais fácil e segura.

Grupo transforma pele humana em neurônios

Grupo transforma pele humana em neurônios

Um grupo de pesquisadores dos EUA conseguiu alterar células extraídas da pele de uma mulher de 82 anos sofrendo de uma doença nervosa degenerativa e conseguiram transformá-las em células capazes de se transformarem virtualmente em qualquer tipo de órgão do corpo. Em outras palavras, ganharam os poderes das células-tronco pluripotentes, normalmente obtidas a partir da destruição de embriões.

O método usado na pesquisa, descrita hoje na revista "Science", existe desde o ano passado, quando um grupo liderado pelo japonês Shinya Yamanaka criou as chamadas iPS (células-tronco de pluripotência induzida). O novo estudo, porém, mostra pela primeira vez que é possível aplicá-lo a células de pessoas doentes, portadoras de ELA (esclerose lateral amiotrófica), mal que destrói o sistema nervoso progressivamente.

O sucesso do experimento ainda não pode ser traduzido em terapia --os neurônios não foram reimplantados nas pacientes--, mas cria uma ferramenta inédita para estudo da doença em laboratório.

O estudo começou com a equipe de Christopher Henderson, da Universidade Columbia, de Nova York, extraindo células de duas irmãs, de 89 e 82 anos, portadoras de ELA.

Em 90% dos casos, a doença mata rapidamente as células que transmitem impulsos nervosos da coluna vertebral para os músculos, os neurônios motores. A maioria das vítimas morre em até cinco anos.

O segunda etapa foi cumprida por Kevin Eggan, da Universidade Harvard, que modificou geneticamente as células de pele das pacientes usando um vírus para enxertar quatro genes especiais dentro do núcleo celular, criando então as células iPS. Em seguida, mergulhou algumas delas numa solução de moléculas que as fez adotar características neuromotoras.

Ao contrário da forma comum de ELA, que tem origem em interações complexas entre genes e ambiente, a variedade da doença que aflige as pacientes do estudo tem causa simples, atribuída a um gene. Assim, cientistas esperam que a ELA se manifeste nas células neuromotoras criadas em laboratório para estudá-las melhor.

Pela primeira vez, seremos capazes de observar células com ELA ao microscópio e ver como elas morrem", disse Valerie Estess, diretora do Projeto ALS (sigla da ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em detalhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA.

Os pesquisadores, entretanto, ainda não viram nada nas amostras de células. "Não sabemos ainda se elas vão se degenerar", disse Henderson.

O objetivo a longo prazo da pesquisa é descobrir um jeito de corrigir os defeitos das células neuromotoras produzidas a partir das iPS e transplantá-las para os pacientes.

Há ainda o desafio de encontrar outra maneira de tornar as células pluripotentes. O vírus usado para criar as iPS, bem como um dos genes que faz esse serviço, podem provocam câncer. Além disso, ninguém sabe como consertar as células neuromotoras sofrendo de ELA.

Os autores do estudo afirmam que não podem abrir mão da destruição de embriões para obter células, criticada por católicos. "É essencial continuar a trabalhar com células-tronco embrionárias; elas permanecem como o padrão de ouro das células-tronco", disse Eggan.

Dupla usa célula-tronco para produzir dente novo

Dupla usa célula-tronco para produzir dente novo


Criar um dente novo a partir de um velho, e ainda usando o famigerado siso, deverá ser viável em até uma década. Quem promete é uma dupla de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo.

Os estudos realizados pelos dentistas Silvio e Mônica Duailibi no Departamento de Cirurgia Plástica da Unifesp ainda não são feitos em humanos, mas estão próximos disso.

Por enquanto, o mais recente resultado científico da dupla, publicado neste mês no periódico "Journal of Dental Research", mostra que é viável fazer crescer dentes em ratos usando células-tronco adultas extraídas de um outro dente.

Estudos anteriores do casal haviam mostrado que é possível fazer o órgão surgir no abdômen do roedor. Agora, o avanço foi maior.

"Nós conseguimos fazer com que o dente nascesse no lugar onde ele realmente deveria crescer, na mandíbula", diz Silvio Duailibi. "O processo ocorreu em três meses e deu origem a um dente com todas as suas estruturas, mas ainda sem as dimensões normais."

Para chegar aos dentes nos ratos -o grupo também já testou com sucesso o uso de células humanas neste processo- é preciso ter em mãos três ingredientes básicos, diz a dupla.

O primeiro são as células-tronco, que no caso humano poderão ser retiradas do siso. Elas são colocadas em um polímero que vai servir como uma espécie de "cimento" para que as células possam ser fixadas na mandíbula. Após fazer esse papel, o polímero é totalmente absorvido pelo organismo.

O veículo com a matéria-prima celular ainda precisa de um empurrãozinho, no caso um tecido vascularizado, para poder fazer com que o dente, ainda sem uma função definida, realmente cresça.

"Em termos genéticos, ao usarmos as células de um dente jovem na base do processo, estamos fazendo despertar uma espécie de memória genética que as células têm", diz Mônica.

Ou seja, usar as polêmicas células-tronco embrionárias (que são retiradas do embrião morto) não resolveria muita coisa neste caso, já que estas não possuem memória nenhuma.

Além disso, orientar a organização dos tecidos celulares para que todas as partes do dente cresçam corretamente é muito mais fácil com as células adultas. Elas, no passado, já passaram por este mesmo processo uma vez.

Apesar dos obstáculos científicos que existem pela frente, é possível, segundo Mônica, imaginar que em menos de dez anos as pessoas já poderão desfrutar das suas terceiras dentições biológicas, depois de passarem pela de leite e também pela da fase adulta.

O mais importante, segundo a dupla, é ter a certeza de que o método é seguro e confiável. A reintrodução de células em um paciente, mesmo que seja do próprio, pode embaralhar o ciclo celular -processo que, em tese, é o mesmo que faz aparecer os tumores.

"Nossa meta agora é testar a eficácia desta técnica. Mesmo porque, em um primeiro momento, o paciente vai pagar caro por isso e precisamos ter certeza que tudo vai funcionar como o esperado", diz Silvio.

A dupla, afirma, está otimista. "Esse caminho da bioengenharia é uma opção bastante viável não apenas para os implantes dentários, mas também para todos os transplantes de órgão", diz Mônica.

Segundo a pesquisadora, no médio prazo, a técnica pode ser mais barata para as políticas públicas de saúde do que os tratamentos utilizados hoje, especialmente para os mais velhos: no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 56% dos idosos não possuem sequer um dente funcional.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Microimunologia (células e tecidos linfóides)

CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE


1 - Conceito e descrição


O sistema imune do nosso corpo é de grande eficiência no combate a microorganismos invasores. Mas não é só isso, ele é responsável pela “limpeza” do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos, e memória imunológica*.
Existe uma variedade de locais onde podemos encontrar tecidos linfóides. O tecido linfóide pode estar acumulado formando os linfonodos que se interpõem entre os vasos linfáticos do corpo, pode fazer parte do parênquima de órgãos maciços como o baço, o timo ou as placas de Peyer do íleo. As tonsilas (amígdalas) são formadas puramente por tecido linfóide. Alguns órgãos não possuem tecido linfóide, mas tem uma grande população de macrófagos prontos para agir e fazer a “limpeza” do local, como por exemplo o pulmão (macrófagos alveolares) , o fígado (células de Kuppfer), o cérebro (micróglias) e a pele (células de Langehans).
Células do sistema imune são altamente organizadas como um exército. Cada tipo de célula age de acordo com sua função. Algumas são encarregadas de receber ou enviar mensagens de ataque, ou mensagens de supressão (inibição), outras apresentam o “inimigo” ao exército do sistema imune, outras só atacam para matar, outras constroem substâncias que neutralizam os “inimigos” ou neutralizam substâncias liberadas pelos inimigos”.
Neste capítulo descrevemos cada célula que compõem este extraordinário sistema imune.

2.1 – Células do sistema imune


As células do sistema imune são denominadas leucócitos (leukos=branco), pois são células brancas do sangue. O número de leucócitos por milímetro de sangue no adulto normal é de 5.000 a 10.000. Ao nascimento, o sangue da criança contém 20.000 leucócitos/mm³ de sangue e vai decrescendo com a vida e aos 12 anos atinge a faixa do adulto.Isso ocorre porque a criança ainda não tem as barreiras naturais do organismo completamente desenvolvidas, tendo mais facilidades de contrair infecções de diversas naturezas.Por essa razão é necessário que haja uma população de leucócitos maior para a proteção da criança.
Denomina-se leucocitose o fenômeno em que o número destas células sobe acima de 10.000/mm³ de sangue e leucopenia quando desce abaixo de 2.000/mm³ de sangue. Na leucemia (câncer de leucócitos) encontramos mais de 100 mil leucócitos/mm³ de sangue.
As células derivadas exclusivamente da medula, são nomeadas de acordo com a sua coloração pelo corante universal hematoxilina-eosina. São eles os leucócitos granulócitos : neutrófilos; eosinófilos e basófilos. A hematoxilina é um corante básico e a eosina um corante ácido. Os leucócitos eosinófilos tem afinidade pela eosina ,ou seja, tem afinidade por corante ácido (também chamado de leucócito acidófilo) e o basófilo tem afinidade pela hematoxilina, que é um corante básico, então chamado basófilo. As células acidófilas se coram em vermelho e as basófilas em azul escuro. Já os neutrófilos ou polimorfonucleares são corados por corante neutros, ou seja de pH=7.
Os linfócitos são agranulócitos (quer dizer, sem grânulos no citoplasma), que são indentificáveis pela microscopia óptica pelo sua imensa massa nuclear que toma quase todo o citoplasma. São células indiferenciadas entre si pela microscopia óptica, entretanto podem ser diferenciadas pelas técnicas imunocitoquímicas que detectam o CD (cluster differenciation) é possível saber que tipo de linfócito está se observando. Os linfócitos são divididos em linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK, sendo o LT responsável principalmente pelo auxílio ao sistema imune e resposta imune celular, o linfócito B responsável pela resposta imune humoral (com detalhes do capítulo 5) e os linfócitos NK pela resposta imune inespecífica. Os LT e os LB produzem resposta imune específica, pois ambos são estimulados a partir de epítopos de antígeno específico. Neste caso formarão populações monoclonais específicas para atacar o antígeno em questão.
Temos ainda as células do sistema monocítico fagocitário (SMF) antigamente conhecido por sistema retículo-endotelial). Estas células são especialistas em fagocitose e apresentação de antígeno ao exército do sistema imune. São elas : macrófagos alveolares, micróglia, células de Kuppfer, células dendríticas, células de Langehans e macrófagos em geral.

2.2.2 - Função, morfologia, e mecanismos de ação das células do sistema imune


Neste bloco iremos tratar sobre a estrutura morfológica sob aspecto microscópico, funções das células e mecanismos de ação delas.
As células do sistema imune são dependente uma das outras, pois se comunicam através de citocinas (ou interleucinas) e modulam a resposta imune.

2.2.1– Neutrófilos ou segmentados


São células polimorfonucleares (PMN), ou seja, possuem um núcleo bilobulado, trilobulado ou pentalobulado. A presenças deste lóbulos nucleares ajuda na identificação destas células na microscopia óptica. Estes lóbulos são interligados por cromatina . A cromatina nuclear dos neutrófilos estando frouxa indica que a célula é jovem, e se estiver condensada indica célula antiga. Um pequeno apêndice aparece ao lado do núcleo de neutrófilos de pessoas do sexo feminino. Este apêndice é a manifestação visual da cromatina sexual (cromossomo X). .
São os leucócitos mais populosos do sangue, fazendo parte de aproximadamente 65% dos leucócitos do sangue. Eles são os principais fagócitos do sangue e participam da reação inflamatória, sendo sensíveis a agentes quimiotáxicos liberados pelos mastócitos, basófilos e complemento*. Agentes quimiotáxicos são substâncias que atraem os neutrófilos até o local, ajudando no movimento em direção ao agente agressor. A leucocitose de neutrófilos pode indicar uma infecção bacteriana, visto que este leucócitos participam da fagocitose de bactérias e são altamente estimulados numa infecção deste tipo, que é chamado no de desvio à esquerda no estudo do hemograma.
Os neutrófilos são células piogênicas, ou seja, dão o aspecto purulento nas inflamações, aquele “líquido leitoso” do pus. O pus é formado por substâncias bacterianas, bactérias mortas, sangue, mas principalmente por neutrófilos que morreram em combate. Eles possuem receptores de superfície denominados LFA-1( presente também em macrófagos ) , que é uma molécula de adesão, se ligando ao ICAM-1 dos endotélios, que se refere ao receptor de neutrófilos nos vasos. Ao se ligar ao endotélio, o neutrófilo realiza a diapedese, que é o processo no qual o neutrófilo atravessa os póros do endotélio dilatado em entra no tecido. O endotélio se dilata pela presença de vasodilatadores como histamina, prostaglandina E2, prostaciclina e componete C5a do complemento.
Os neutrófilos possuem em sua membrana receptores para o componente C3b do complemento . O C3b estimula a fagocitose pelos neutrófilos e o componente C5a é um importante quimiotáxico para eles, aumentando também o seu metabolismo. O C3b é gerada pela fixação do complemento e quando liberada na reação se liga ao receptor de superfície do neutrófilo fazendo opsionização, ou seja, ajuda na ingestão do material pelos fagócitos. Os neutrófilos ainda possuem receptores da fração FC das IgGs chamadas de FCgamaR. Estas imunoglobulinas IgG (neste caso são opsoninas) envolvem o material a ser fagocitado e se liga a este receptor de superfície, ocorrendo a emissão de pseudópodes e englobamento da partícula.
O citoplasma destes granulócitos neutrófilos é rico em grânulos específicos (que se coram por corantes neutros), mas também possuem grânulos azurófilos que não são específicos para eles. Os grânulos azurófilos contém fosfatase ácida , mielo-peroxidase, proteínas básicas e glicosaminas sulfatadas ( se coram em púrpura pela coloração de Romanowsky). Já os grânulos específicos contém fosfatase alcalina, colagenase, lactoferrina e lisozima (Quadro 2.1)



A mieloperoxidase(MPO) é uma enzima que compõem o sistema “peróxido de hidrogênio-MPO-hialida”. Este é o sistema mais eficiente e mais importante anti-microbiana presente no grânulos azurófilos dos neutrófilos. O mecanismo de ação dela se baseia no seguinte:
O neutrófilo sintetiza peróxido de hidrogênio por ação da enzima superóxido desmutase (SOD) a partir de 2 moléculas de superóxido. A MPO converte o peróxido de hidrogênio em presença de uma hialida como o cloreto(Cl-) em HOCl-, que é um poderosíssimo oxidante.Isto mata a bactéria por oxidar sua membrana plasmática e criar ligação moleculares prejudiciais ( faz união dos radicais sulfidrila dos aminoácidos cisteína das proteínas superficiais). Devemos destacar aqui uma doença denominada doença granulomatosa crônica da infância (DGC), que se caracteriza por defeito nos genes que codificam a MPO. Não havendo a MPO, a criança fica muito vulnerável a infecções oportunistas e recidivantes.
A lisozima presente nos fagócitos em geral, hidrolisa (quebra) a parede de bactérias gram-positivas principalmente. Este enzima hidrolisa a ligação entre a cadeia de ácido N-acetil-murâmico e o N-acetil-glucosamina da parede celular (camadas de peptidoglicana*).
A lactoferrina é um ligante do ferro, que é importantíssimo para a vida e desenvolvimento da bactéria. Quando a lactoferrina é liberada no meio por exocitose, ela se liga a todo o ferro que encontra no caminho e mata a bactéria de fome, pois ela não tem ferro para ingerir. Essa lactoferrina também é encontrada na saliva humana.
A APB (proteína bactericida de aumento da permeabilidade) é uma substância altamente catiônica que altera a permeabilidade da membrana plasmática das bactérias (que é altamente aniônica) e as mata por osmose (entrada excessiva de líquido).
Colagenase digere o colágeno nos tecidos, e é responsável por criar o “abcesso” presente na inflamações purulentas ( furúnculo p. exemplo). Isso ocorre por que no pus estão presentes quantidade enorme de neutrófilos mortos que tiveram suas membrana plasmáticas rompidas, o que liberou para o meio as suas enzimas, incluindo a colagenase.
As enzimas hidrolíticas em geral necessitam de um pH ideal entre 4 e 5.Essas enzimas hidrolíticas descritas acima estão presentes nos lisossomas dos neutrófilos na forma inativa pois o pH está alto. Quando se fundem ao fagossoma formando o fagolissoma , o pH abaixa e ativa as enzimas, que vão agir sobre as bactérias presentes do fagossoma e fazer a digestão.

2.2.3 – Mastócitos


Os mastócitos são células do tecido conjuntivo, originado a partir de células mesenquimatosas (células de grande potência de diferenciação que dá origem as células do tecido conjuntivo).
Possui citoplasma rico em grânulos de coloração azul pelo HE (basófilos). A principal função dos mastócitos é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, heparina, ECF-A (fator quimiotáxico dos eosinófilos), SRS-A , serotonina e fatores quimiotáxicos dos neutrófilos.
Esta célula não tem significado no sangue, sendo uma célula própria do tecido conjuntivo. Ela participa de reações alérgicas (de hipersensibilidade), na qual chama os leucócitos até o local e cria uma vasodilatação.
É a principal célula responsável pelo famoso choque anafilático. O Processo de ativação da desgranu-lação (exocitose) se baseia na sensibilização destas células (mastócitos), que ocorre em indivíduos com uma predisposição genética na maioria dos casos. Esta sensibilização ocorre da seguinte forma: (fig.2.2) o primeiro contato com o alérgeno (substância irritante que causa a alergia) estimula a produção de IgE específicas que se unem aos receptores de superfície dos mastócitos, pois estes são rico em receptores de IgE. No segundo contanto, as IgE ligadas ao mastócito se ligam ao alérgeno e desencadeia a liberação de todos os mediadores inflamatórios. Com isso a histamina causa uma vasodilatação, a heparina é anticoagulante, o ECF-A chama os eosinófilos e a fator quimiotáxico dos neutrófilos chama os neutrófilos ao local. O SRS-A (slow reacting substance of anaphilaxis) traduzindo significa substância de reação lenta da anafilaxia e tem como efeito produzir contração lenta da musculatura lisa. Esta contração da musculatura lisa é importante quando essa reação anafilática ocorre no pulmão (devido à inalação do antígeno) e leva a uma broncoconstricção (asma alérgica).A histamina também contribui muito na asma devido a presença de receptores histaminérgicos H2 que causam broncocontricção.
Sobre mecanismo de liberação dos mediadores o que ocorre, de um modo mais detalhado, é a ativação da adenil ciclase pelo receptor de IgE estimulado. A adenil ciclase quebra o ATP em AMPc, que vai ativar uma enzima chamada de proteína quinase A, que vai fosforilar filamentos contráteis do citoplasma. O AMPc também proprociona a maior entrada de íons de cálcio (Ca++), que favorece a contração das miofibrilas. Essa contração do citoplasma carreia as vesículas cheias de mediadores para a membrana plasmática realizando a exocitose.
Outro meio de causar a ativação da desgranulação dos mastócitos, porém sem a participação da IgE é a ligação dos componentes C3a, C4a e C5a do complemento e de IL-3 com receptores de superfície. Os componentes do complemento são liberadas na ativação da via clássica e a IL-3 é liberada por linfócito T ativados.Essas substâncias são conhecidas como anafilotoxinas pois podem desencadear a reação anafilática.
O efeito da reação anafilático no paciente se manifesta clinicamente no local onde houve o contato com o alérgeno. Por exemplo, se for na conjuntiva dos olhos, ocorrerá uma conjuntivite alérgica, no intestino uma diarréria e vômitos, na pele ocorre edema angioneurótico e erupção maculo-papular. A urticária resulta de antígenos que foram absovidos pelo trato intestinal e que vão causar alergia na pele.Esses casos podem ser tratados com hidrocortisona ou antihistamínicos. Foi descoberto que o interferon gama ( produzido por linfócitos T helper-1) pode inibir o processo de secreção de IgE pelos plasmócitos, podendo assim impedir a desgranulação dos mastócitos.
É importante que saibamos os efeitos sistêmicos do choque anafilático, que ocorre quando o antígeno é inoculado na circulação sangüínea do paciente. Este antígeno pode ser a penicilina, ou peçonha de algum inseto (abelha) e etc. A histamina liberada em grande quantidade no sangue é o principal responsável pelo efeitos sistêmicos do choque anafilático: taquicardia (efeito direto de receptores H2 no coração ou pelo efeito reflexo baroceptor pela queda da pressão arterial), hipotensão arterial grave devido a intensa vasodilatação. Ocorrem ainda edema de glote (laringe) e efeitos gastrintestinais (diarréia, vômitos...). Esse choque sistêmico pode levar a morte por colapso circulatório e deve ser tratado imediatamente com administração de adrenalina, pois é o antagonista fisiológico da histamina.
A reação anafilática é também chamada de reação de hipersensibilidade tipo I.



Fig 2.2 - Esta figura ilustra a ação dos mastócitos na reação de hispersensibilidade tipo I ou anafilática. O alérgeno no seu primeiro contato estimulou a resposta imune humoral, fazendo com que os plasmóctios produzissem as IgE específicas para o alérgeno. As IgE se ligam aos mastócitos, fazendo-os ficar sensibilizados. No segundo contato, o alérgeno se liga ao mastócito sensibilizadoe faz com que ele libere os mediadores da inflamação. O ECF-A é o quimitáxico dos eosinófilos. Estes chegam ao local e liberam o seu conteúdo lisossômico. Este conteúdo contem susbtâncias que vão hidrolisar(destruir) a histamina e o SRS-A liberado pelos mastócitos. A histamina é o principal vasodilatador, levando a graves conseqüências para o indivíduo.

2.2.4 – Eosinófilos


Os eosinófilos são leucócitos granulócitos presentes na sangue em pequena quantidade. É encontrado fazendo parte de aproximadamente 3% dos leucócitos do sangue. É binucleado e seu citoplama possuem grânulos específicos que se coram pela eosina (acidófilos), que são lisossomas, sendo ricos em fosfatases ácidas. As nucleases presentes são as ribonucleases e as desoxiribonucleades que digerem o RNA e o DNA, respectivamente.
Funcionalmente esta célula é capaz de fagocitar bactérias ou qualquer outro material estranho. Mas a sua principal função não é a fagocitose, mas sim a exocitose da PBM (proteína básica maior). Esta proteína é rica em arginina (aminoácido básico) e contribui muito para a acidofilia ( ou eosinofilia) dos grânulos desta célula, pois substâncias básicas tem afinidade por substâncias ácidas. Ela é tóxica para parasitas de humanos e causam a sua morte. Se o sangue do indivíduo estiver com a taxa de eosinófilos alta (leucocitose eosinofílica) é um grande indicador de infecção parasitária. Um exemplo é a infecção por Schistossoma mansoni, no qual a grande eosinofilia confirma a suspeita clínica e ajuda no diagnóstico.
Os eosinófilos também estão muito presentes em reações alérgicas do organismo. Isto ocorre porque o basófilo ou o mastócito, estimulado na reação alérgica, libera o ECF-A ( fator quimiotáxico dos eosinófilos na anafilaxia) ou seja, é um fator que atrai e dirige os eosinófilos até o local da alergia. O eosinófilo chega ao local da reação para resolver a reação (inibir) através da liberação de histaminase e aril sulfatase B que destróem a histamina e o SRS-A respectivamente, que são produtos inflamatórios liberados pelos mastócitos ou basófilos sensibilizados.

2.2.4 - Basófilos


Os basófilos são granulócitos encontrados no sangue em pequena quantidade, variando entre 0 a 1% dos leucócitos. Esta célula é grande, com núcleo volumoso, geralmente em forma de “S” e possui grânulos grandes no citoplasma (observe figura 1.3).
Os basófilos tem função semelhante ao dos mastócitos. Possui aos mesmos mediadores nos seus lisossomas, e possui também receptores de IgE. Participa de reações alérgicas da mesma forma que os mastócitos. A diferença básica entre oa basófilos e os mastócitos está no fato de os basófilos serem encontrados no sangue ( não típico do tec. conjuntivo) e da estrutura morfológica. A origem também é diferente, como se pode observar no capítulo I referente a leucocitopoese.
A sua participação no choque anafilático (sistêmico) é maior que o mastócitos, pois os basófilos são células que realmente estão presentes no sangue, e liberam os mediadores para a circulação.

2.2.5 - monócitos/macrófagos


Os monócitos estão presentes no sangue, constituindo-se de 3 a 8 % dos leucócitos circulantes. O macrófagos não estão circulando no sangue, são células que aparecem no tecido conjuntivo ou no parênquima de algum órgão, e é originado a partir dos monócitos, que migraram até o local (veja capítulo I).
Os monócitos tem núcleo ovóide, ou em forma de rim e o citoplasma basófilo, com grânulos azurófilos. É diferente do macrófago, que é uma célula grande, amebóide com retículo endoplasmático rugoso e complexo de Golgi desenvolvidos. O monócito e o macrófago pode ser visto na fig.1.5.
O monócito também participa da formação dos granulomas na inflamação crônica granulomatosa ( detalhes no capítulo 3, ítem 2.3). Eles se fundem em formam as células gigantes de Langhans. Estas células multinucleadas gigantes tem grande capacidade fagocitária, e engloba partículas maiores, como fungos ( paracoccidiodes, coccidioides, blastomyces etc.) e também bactérias (Treponema pallidum, Mycobacterium tuberculosis e M. leprae). No granuloma, os macrófagos (originados dos monócitos do sangue) se modificam e viram células epitelióides, com grande atividade secretora e pouca atividade fagocítica. Elas secretam enzimas hidrolítica que vão matar o ser estranho que está no granuloma. Estas enzimas também causam necrose no centro desses granulomas, como por exemplo, a necrose caseosa encontrada na tuberculose.
Os monócitos também formam os osteoclastos presente no tecido conjuntivo ósseo. Estes osteoclastos são células que digerem a hidroxiapatita dos óssos e com isso liberam cálcio e fosfato para o sangue. Ficam estacionadas dentro de cavidades denominadas lacunas de Howship. Sua atividade é regulada pelo paratormônio, que estimula sua atividade. Quando o cálcio do sangue cai abaixo de um limiar, as glândulas paratireóides liberam este hormônio.
Os macrófagos são células de altíssimo poder fagocitário.O interferon gama* produzido por linfócitos T helper estimula a fusão dos lisossomas com o fagossoma para que haja a digestão intracelular. Este fato é importante para entender diversas doenças como a leishmaniose difusa e a hanseníase lepromatosa . Estes fagócitos possuem diversas enzimas hidrolíticas em seus lisossomas.Ele não possui a mieloperoxidase, mas mata as bactérias por liberação de radicais derivados do oxigênio, como o superóxido, radical hidroxila e o peróxido de hidrogênio ( H2O2). Estes vão oxidar as membranas das celulares da bactéria e formar pontes dissulfeto entre os aminoácidos cisteína de diversas proteínas estruturais da bactéria, o que leva a morte da mesma. Entretanto, a bactéria pode possuir alguma enzima que degrada a H2O2, como a catalase presente no Staphilococcus aureus. A catalase é nesse caso um mecanismo de defesa da bactéria pois destrói o peróxido de hidrogênio.
Possui funções de extrema importância para o sistema imune:
Apresentador de antígenos: Os macrófagos são células que vão fagocitar a antígeno e digerí-lo no fagolisossoma. Porém os seus epítopos* são levados até a superfície da célula e apresentado ao linfócito T ou ao linfócito B. Ao mesmo tempo ele sintetiza o MHC-classe II ( MHC é um antígeno produzido pela célula, originado em genes chamados de HLA-D , veja capítulo 3) que se combinará com o linfócito T. Este irá estimular todo o sistema imune do organismo e “convocar” as células para o ataque.
Limpador : Os macrófagos são células que chegam para fazer a limpeza de um tecido que necrosou, ou que inflamou. Eles fagocitam restos celulares, células mortas, proteínas estranhas, calo ósseo que se formou numa fratura, tecido de cicatrização exuberante etc. Após esta limpeza, os fibroblastos ativos ( no caso de uma necrose) vão ao local e preenchem o espaço com colágeno.
Produtor de interleucinas: O macrófago é o principal produtor da interleucina I (IL-1). Ele produz a IL-1 quando fagocita organismos invasores (micróbios), que dá o alarme para o sistema imune. Esta citocina estimula linfócitos T helper até o local da infecção, onde serão apresentados aos epítopos nos macrófagos. Além disso a IL-1 estimula a expansão clonal dos LThelper e dos linfócitos B específicos contra os epítopos (lembre-se: epítopos são moléculas específicas dos antígeno que é capaz de criar uma população de células específica para combatê-lo)
A IL-1 é responsável pela febre nas infecções e inflamações que ocorrem no corpo. Ela vai ao hipotálamo, nos núcleos supraópticos e estimula a produção de prostaglandinas, que ativam o sistema de elevação da temperatura. Estes núcleos ativados vão fazer com que os vasos sangüíneos da pele se contraem. Com isso a pele retém o calor do corpo, fazendo-o esquentar. O suor que aparece na febre indica melhora, pois os vasos da pele se dilatam e as glândulas sudoríparas estão em funcionamento, liberando água, com isso mandando o calor para o meio externo. A IL-1 também estimula a ciclo-oxigenase no metabolismo do ac. aracdônico, aumentando a produção de prostaglandinas pelos leucócitos , que vai contribuir para a inflamação e dor (lembre-se que as prostaglandinas participam do mecanismo da dor). Além disso a IL-1 estimula a síntese de proteínas de adesão leucocitária nos endotélios (como a ICAM-1) e facilita a adesão dos leucócitos para realizar a diapedese. Outras funções da IL-1 se referem aos estímulos para maturação dos leucócitos, descrito no capítulo 1.
Os macráfagos são resposáveis pelo sistema monocítico fagocitário (SMF), pois vem da maturação dos monócitos que chegam pelo sangue. Existem células que são morfologicamente diferentes dos macrófagos, mas tem a mesma função, e provém dos monócitos da mesma forma, sendo, então parte do SMF. São eles:
- monócito sanguïneo - circulante no sangue;
- Micróglia - SNC;
- Células de Kuppfer - fígado;
- Macrófagos alveolares - pulmão;
- Células dendríticas - região subcortical dos linfonodos;
- Mesangio intraglomerular - glomérulo de Malpighi renal;
- Macrófagos sinusais dos baço - cordões de billroth da polpa vermelha do baço.
- Macrófagos das serosas - peritônio, pericárdio e pleura;
- Células de Langehans - pele;

Os macrófagos ou células de Langehans da pele quando inativados, viram histiócitos. Estes reduzem as suas organelas e diminuem o seu metabolismo ficando como um “vegetal”. Os histiócitos são responsáveis pela formação da tatuagem, onde seu citoplasma fica cheio de pigmentos fagocitados.
Os macrófagos possuem receptores de superfície ( ou marcadores) que são chamados de RC1 e FC-gamaR O RC1 é o receptor que se interage com o componente C3b do complemento. A interação deste C3b com o RC1 estimula a fagocitose dos macrófagos (opsionização). Já o FC-gamaR é o receptor de IgG para a sua fração FC cuja interação causa opsionização, estimulando a fagocitose (englobamento pela emissão de pseudópodes). Estes receptores descritos acima são importantes, pois a bactéria ou outros agentes estranhos costumam estar envolvidos de IgG e de componentes do complemento como o C3b. Outro receptor encontrado nos macrófagos é o LFA-1 que é responsável pela adesão ao endotélio capilar (semelhante aos neutrófilos)
Um destaque deve ser dado para as células dendríticas dos linfonodos. Estes não expressam o MHC-classe II, apenas o RC1 e o FC-gamaR e mantém interações de apresentação do antígeno aos LB dos linfonodos.

2.2.6.1 - Linfócitos


Linfócitos são encontrados no sangue contribuindo para 20-30 % dos leucócitos Esta porcetagem varia muito de acordo com a saúde o paciente. Se ele está deprimido, estressado , esta porcentagem cai muito, ou no caso de uma infecção viral, esta porcentagem cresce bastante. Numa rejeição de enxerto, observamos grande aumento de linfócitos.
Os linfócitos possuem núcleo esférico, preenchendo quase toda a célula, deixando o citoplasma com pequena área.O núcleo é bem maciço, e não deixa aparecer o nucléolo na microscopia óptica, só visível na micróscopia eletrônica..Veja fig.1.3 e fig 2.2.
Linfócitos T e linfócitos B são indiferenciados pela microscopia, sendo portanto, diferenciáveis pelas técnicas imunocitoquímicas para detecção de receptores específicos de membrana. O linfócitos T possui o receptor TCR específco para células T, que funcionalmente serve para reconhecer e o antígeno que lhe é apresentado e ativar o linfócito. O linfócitos B possui o receptores diversos, sendo a IgM monomérica o principal receptor e é identificado pela imunocitoquímica. Essa IgM monomérica também server para reconhecer o antígeno que lhe é apresentado. Iremos, a seguir, descrever as características funcionais dos LT e dos LB, que são importantíssimas para o S.I.

2.2.6.1 - Linfócitos T

Os linfócitos T são células que tem diversas funções no organismo, e todas são de extrema importância para o sistema imune. O nome linfócito T derivada das células serem dependentes do “timo” para o seu desenvolivmento (veja capítulo I), sendo então o “T ”de “Timo-dependentes”.Morfologicamente, quando os linfócitos então em repouso, observamos dois tipos de linfócitos diferentes: linfócito agranular e linfócitos granular grande (LGG).
O linfócito agranular possui o núcleo bem maior que o citoplasma ( grande relação N:C) e o tamanho da célula é de menor tamanho. Este representa a maioria dos linfócitos T (auxiliares, citotóxicas, supressoras). Esta célula apresenta, sob os aspecto de ultra-estrutura, lisossomas primários e gotículas de lipídios no seu citoplasma, que juntos formam o chamado corpúsculo de Gall ( fig.2.2). Este corp. de Gall pode ser identificado pela microscopia óptica (corada pela esterase não específica), como um ponto na periferia do citoplasma.
O linfócito granular grandes (LGG) não apresenta corpúsculo de Gall, pois os lisossomas primários estão dispersos no citoplasma e não formam nenhum corpúsculo e possui um aparelho de Golgi bem desenvolvido. 10% das LTauxiliares e 35% das LTcitotóxicas possuem esta morfologia LGG ( fig2.2). Os linfócitos NK possuem esta estrutura e estão destritos no ítem 2.2.6.3. São ditas granulares por possuirem grânulos azurófilos no citoplasma e o núcleo não é tão grande em relação ao citoplasma (menor relação N:C).
Funcionalmente os linfócitos são separados em LT auxiliares (LThelper), LT citotóxico, LT supressor. Cada um deles possui receptores característicos (além do TCR que é padrão para as células T), que são identificáveis por técnicas imunológicas e que tem funções específicas. Entretanto, todas as células T possuem os receptores TCR e o CD3.
O LT helper possui receptor CD4* na superfície, que tem a função de reconhecer o macrófagos ativado. e é o principal alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais importante do sistema imune. Ele envia mensagens de ataque para as diversos leucócitos para realizar a guerra imunológica contra o agente agressor. O LT helper é a célula que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.A IL-1 estimula a expansão clonal de LT-helpers monoclonais * que vão secretar diversas interleucinas, sendo portanto, dividido em LT helper 1 e LT helper 2. Esses subtipos de LT helper secretam interleucinas distintas, cada uma com uma função específica.
O LT helper 1 produz as interleucinas 2 e interferon gama que estão relacionadas com a resposta imune celular principalmente.
O LT helper 2 produz as interleucinas 4-5-6 e 10, sendo a IL-4 e a IL-10 as mais importantes por ele produzidas. Estão relacionadas a resposta imune humoral.
Nos capítulos referentes a resposta imune celular e resposta imune humoral iremos aprofundar neste assunto sobre LT helpers e suas interleucinas.
A função do LT helper é reguladora. Podemos citar as funções principais dos LT helper resumidamente:
- estimulação do crescimento e proliferação de LT citotóxicos e supressoras contra o antígeno;
- estimulação do crescimento e diferenciação dos Linfócitos B em plasmócitos para produzir anticorpos contra o antígeno;
- ativação dos macrófagos;
- auto estimulação ( um LT helper pode estimular o crescimento da população de LT helpers.).

O Linfócito T citotóxico possui receptores CD8, que tem a função de reconhecer o MHC-classe-I expressada por células rejeitadas (transplantes e enxertos). MHC (Major Histocompatibility Complex),significa complexo de histocompatibilidade principal. Todas as células do organismo possuem genes próprios para o MHC denominados de HLA. Quando uma célula estranha entra no organismo, vão expressar o MHC -classe I na superfície, cuja expressão é ampliada por estímulos como o interferon gama.. O MHC-classe II é produzido por macrófagos e linfócitos B, e tem a função de ligá-los aos linfócitos T helpers para lhe apresentar o antígeno, através da interação CD4-MHC-II e TCR-epítopo (cap.3).
Esta célula T citotóxica (LTc) é o principal “soldado” do sistema imune, pois ataca diretamente as células estranhas que expressam o MHC- I e lisa a célula (destrói a membrana celular). A resposta imune que se baseia na ativação e ataque das células CD8 é denominada de resposta imune celular específica (RIC-capítulo 3). Esta célula também participa de reações de hipersensibilidade tardia (tipo IV), como as reações que caracterizam os testes intradérmico tipo PPD na pele. O seu principal estimulador é a interleucina 2 (produzida pelo LT-helper 1), que causa a expansão clonal de linfócitos T citotóxicos monoclonais na RIC.
Linfócitos T supressores são linfócitos que tem a função de modular a resposta imune através da inibição da mesma. Ainda não de conhece muito a respeito desta célula, mas sabemos que ele age através da inativação dos linfócitos T citotóxicos e helpers, limitando a ação deles no organismo numa reação imune. Sabemos que o LT helper ativa o LT supressor que vai controlar a atividade destes LT helpers, impedindo que eles exerçam sua atividades excessivamente. Os LT supressores também participam da chamada tolerância imunológica, que é o mecanismo por qual o sistema imune usa para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo. Portanto se houver deficiência na produção ou ativação dos linfócitos T supressores, poderá haver um ataque auto-imune ao organismo.
Os receptores de superfície encontrados são os CD3 e o CD8, que também se observa nos LT citotóxicos. O receptor CD3 dos linfócitos participa do mecanismo de ativação intrínseca do linfócito, explicado detalhadamente no capítulo 3, ítem 2.4.

2.2.6.2 Linfócitos B


Os linfócitos B são células que fazem parte de 5 a 15% dos linfócitos circulantes e se originam na medula óssea (capítulo I) e se desenvolvem nos órgãos linfóides. O nome linfócito B é devido a sua origem na cloaca das aves na Bolsa de Fabricius.
São células de núcleo grande e que possuem o retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi extremamente desenvolvidos em seu citoplasma, e especialistas em síntese de gamaglobulinas quando ativadas. Porém em repouso, estas organelas não estão desenvolvidas. Estas células não possuem o corpúsculo de Gall que aparece nos LT.
Os LB tem como função própria, a produção de anticorpos contra um determinado agressor. Anticorpos são proteínas denominadas de gamaglobulinas ou imunoglobulinas que exercem várias atividades de acordo com o seu isotipo (IgG, IgM, IgA...) Estes anticorpos realizam diversas funções como : opsoninas*, ativadores de complemento, neutralizadores de substâncias tóxicas (como as que são liberadas por bactérias ou por animais peçonhentos), aglutinação, neutralização de bactérias, etc...
Os LB possuem como principal marcador de superfície a IgM monomérica, que participa do complexo receptor de antígenos. Esta imunoglobulina entra em contato com o antígeno (análogo ao TCR dos LT ) quando lhe é apresentado diretamente ou indiretamente pelos macrófagos. A IgM se ligando ao epítopo, internaliza o complexo IgM-epítopo. Estes complexo realiza diversas modificações na célula, que tem a finalidade de induzi-la a produção de imunoglobulinas (em detalhes na capítulo 4).
Os LB em repouso não produzem imunoglobulinas, mas quando estimulados por interleucinas (como a IL-4 e a IL-1) vão sofrer expansão clonal e se transformar numa célula ativa denominada de plasmócito. Os plasmócitos (fig. 2.3) possuem na sua ultra-estrutura, o REG e o complexo de Golgi desenvolvido, e o núcleo com aspecto de roda de carroça. Secretam ativamente anticorpos específos na resposta imune humoral (RIH).



Fig. 2.3 - Desenho que demosntra as características ultra-estruturais dos plasmócitos. Observe a imensa quantidade de retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi desenvolvido no citoplasma. O núcleo possui cromatina condensada na periferia dando um aspecto de roda de carroça. As mitocôndrias estão aumentadas e desenvolvidas (muitas cristas alongadas).


Os LB expressam o MHC classe II quando ela entra em contato com o antígeno. Este MHC é importante para a interação com os LT, pois o MHC-II reconhece o CD4 dos LT-helpers (Veja capítulo3 ou 4). Os LTCD4 irão ajudar na maior ativação dos sistema imune, com a produção de inúmeras interleucinas indutoras.

2.2.6.3 Linfócitos NK


Os linfócitos NK (Natural Killer) são células matadoras naturais, ou células assassinas e fazem parte de 10-15% dos linfócitos do sangue. Elas lisam (destroem) a células tumorais (estranhas) ou infectadas por vírus sem que estas expressem algum antígeno ativador da resposta imune específica. Este tipo de resposta é chamada de resposta imune inespecífica, pois não há reconhecimento de epítopos e nem formação de células monoclonais específicas ou qualquer memória imunológica (que é sempre específica).
Estas células possuem a morfologia dos LGG e não costumam expressar receptores CD de superfície, não existindo nenhum marcador específico para os NK. O marcador mais encontrado e usado atualmente para detecta-los é o CD16 ou o CD56.
As células NK também lisam células cobertas por IgG. Essa função é denominada de citotoxidade celular dependente de anticorpo. Este processo é possível devido a presença de receptores FCgamaR nos linfócitos NK, que é o receptor de FC das IgG.

domingo, 2 de maio de 2010

Cálculo renal - Profilaxia e cura (prevenção e cura)

O cálculo renal se deve por um acúmulo de sais minerais que se fundem e causam pedra nos rins, ou melhor o cálculo renal.Ele pode ser prevenido com a ingestão de água, você aprestando atenção na coloração da sua urina você pode ter uma melhor noção, quanto mais escura mais você deve beber água, quanto mais clara melhor, porém urina bem clara pode ser também desidratação... Se você ingerir pouca água e notar sua urina com uma coloração clara desconfie, pode ser desidrataçeão, você deve repor estes sais e a água perdida ingerindo bastantante água também.Para a extração do cálculo renal você pode fazer uma cirurgia, pode também tentar ingerir uma grande quantidade de água ao longo do dia, não force a entrada abusiva de líquidos pois lhe fará bem, ou você também pode optar por um remedinho caseiro simples que até meu tio fez e deu resultado, ficou livre do cálculo.Abaixo ensinarei como fazer esta poção.

Você precisará de 1 abacaxi inteiro, apenas retire a corôa (parte superior), e você não deve descascá-lo.Lave bem o abacaxi passando 1 escova dental, se quiser usar um produto tenha cuidado com que produto irá usar, (passe um pouco de sabonete ou algo que não seja tão químico na escova), passe ela por fora do abacaxi e você pode até picar ele e colocar ele todo no liquidificador, se preferir adicione um a dois copos de água, não adicione muita água, bata a no liquidificador e tome esta poção até você se livrar da pedra nos rins.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Transcriçao - A síntese de RNA

Vídeo ilustrativo muito bom!

Dicionário de Termos - significados

TERMO SIGNIFICADO/COMENTÁRIOS
A
A
Vitamina A ou retinol. Vitamina lipossolúvel que evita a xerofitalmia e a hemeralopia (cegueira noturna). Principais fontes: leite, manteiga, cenoura, pimenta, óleo de fígado de bacalhau e em muitos vegetais.
Aberração cromossômica
Genericamente, qualquer alteração estrutural ou numérica de cromossomos na célula. Ver também síndromes (Down, Klinefelter, Turner, etc.).
Abscisão
Queda de folhas ou de frutos em vegetais.
Ácido Nucleico
Macromolécula presente nas células de todos os seres vivos; está relacionada com a hereditariedade (ver DNA e RNA).
Ácino pancreático
Porção exócrina do pâncreas, responsável pela produção de enzimas digestivas.
Acrocêntrico
Cromossômos cujo centrômero se desloca visivelmente do centro. (ver centrômero).
Acrodinia
Um tipo de neurite das extremidades, ocasionando inflamação e vermelhidão das mãos e dos pés.
Actina
Proteína relacionada com o movimento celular. Presente em grande quantidade na musculatura. Ver miosina.
Açúcar
Classe de substâncias orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio (ver também Hidrato de Carbono, Monossacarídios e Polissacarídeos).
Aeróbias
Que requer oxigênio livre no processo respiratório.
Aferente
Aquilo que chega. Nervos que fazem o impulso nervoso chegar ao SNC são chamados de nervos aferentes, por exemplo. Ver também eferente.
Agentes Etiológicos
Àquele que causa uma doença - etiologia=causa, princípio
Aglutinação
O mesmo que juntar, aproximar, aglomerar
Alelo
Que estão lado a lado. Diz-se gens alelos daqueles que estão na mesma posição, em cromossomos diferentes do par homólogo. Que ocupam o mesmo locus nos cromossomos homólogos.
Alevino
Estagio embrionário dos peixes. Nota-se neste estágio um volumoso saco vitelínico na região ventral.
Amido
Polissacarídio sintetizado a partir de reunião de moléculas de glicose, utilizado por certas algas e pelas plantas como substância de reserva.
Amiloplastos
Ou grão de amido; estrutura presente exclusivamente em células de plantas e de algas; origina-se a partir do leucoplasto que armazena amido.
Anaeróbias
Aplicado à células (principalmente bacterianas) que podem viver sem oxigênio livre; os anaeróbios obrigatórios não podem viver na presença do oxigênio; os anaeróbios facultativos podem viver com ou sem oxigênio.
Anáfase
Fase da divisão celular onde os cromossômos se separam dirigindo-se para os pólos da célula.
Androceu
Conjunto de estames que forma o aparelho reprodutor masculino em flores de angiospermas.
Angiosperma
Classe da divisão Tracheophyta. (Do grego: angion, vaso + sperma, semente). Literalmente, semente produzida em um vaso; assim grupo de plantas cujas sementes são portadas dentro de um ovário maduro (fruto). Espermáfita que forma fruto. Sementes protegidas pelos frutos. São as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
Antibióticos
Substância orgânica capaz de inibir a proliferação de bactérias, a penicilina, por exemplo, é um antibiótico.
Anticorpos
Substância protéica produzida pelos linfócitos que atacam e destroem substâncias ou microorganismos estranhos ao corpo (antígenos)
Antígeno
Diz-se de Qualquer substância ou partícula que, introduzida no corpo, provoca uma reação de defesa (imunitária), com produção de anticorpos.
Aparelho de Golgi
Ver Golgi (Complexo de Golgi).
Apoenzima
Parte da holoenzima que quando isolada não apresenta atividade.
Autofagia
Auto = por si / fagia = comer Usamos este termo para designar o ato de auto digestão. Ocorre em células ou tecidos que por liberarem enzimas digestivas dentro de suas estruturas acabam por fazer autodigestão.
Autofágicos
Seres ou estruturas que promovem autofagia
Autólise
Auto = por si / lise = quebrar ou digerir É o mesmo que autofagia.
Autótrofos
Organismo que produz seu próprio alimento, seja por fotossíntese, seja por quimiossíntese.
Avascular
Relativo ao que não possui tecido de vascularização (vasos condutores, nos vegetais; vasos sangüíneos nos animais).
B B1
Vitamina B1 ou tiamina. Vitamina hidrossolúvel que combate o beribéri. Principais fontes: cutícula do arroz, levedura de cerveja e vegetais verdes folhosos.
B12
Vitamina B12. Vitamina hidrossolúvel que compreende as cobalaminas hidroxicobalamina que é antineurítica e a cianocobalamina que é antianêmica. Principais fontes: Carne fresca, fígado, e rins.
B2
Vitamina B2 ou riboflavina. Vitamina hidrossolúvel que auxilia no crescimento. Principais fontes: Vegetais folhos, soja, leite e frutos.
B6
Vitamina B6 ou piridoxina. Vitamina hidrossolúvel que evita a acrodinia. Principais fontes: Vegetais folhosos, cereais e leite.
Bacilo
Bactéria cuja célula tem forma de bastonete
Bactéria
Organismo unicelular, procarionte, isolado ou colonial, pertencente ao reino Monera.
Bactérioclofila
Clorofila existente em certas bactérias.
Bacteriófagos
Ou fago; tipo de vírus que se reproduz no interior de bactérias.
Basidiomicetos
Classe de fungos que forma um corpo de frutificação (basidiocorpo ou cogumelo), no qual se encontram hífas especiais para reprodução, os basídios.
Bentos
Conjunto de seres do bioma aquático (seres bentônicos), seja caminhando, fixo ou enterrado (sempre em relação com o fundo submerso).
Beribéri
Espécie de neurite (inflamação nos nervos) generalizada, com dores por todo o corpo, limitação dos movimentos e atrofia muscular. É causada pela falta de vitamina B1.
Bioma
Comunidade adaptada a uma determinada região.
Bioquímica
Estudo das reações químicas que ocorrem nos seres vivos.
Bivitelino
De dois vitelos; de vitelos diferentes. Ver fraterno.
Blenorragia
O mesmo que gonorréia. DST causada pela bactéria Neisseria gonorrheae.
Botulismo
Doença causada pela bactéria Clostridium botulinon.
Briófita
Divisão Bryophyta. Planta sem sistema condutor de seiva (avascular); ex.: musgos, hepáticas e antoceros.
C
C
Vitamina C ou ácido ascórbico. Vitamina hidrossolúvel antioxidante e que combate o escorbuto. Principais fontes: frutos cítricos como a acerola, laranja e limão.
Cálice
Conjunto de sépalas da flor das angiospermas. Normalmente é de cor verde e está associado a proteção das estruturas florais.
Canais da Pinocitose
Canais formados por invaginação da membrana para englobamento de partículas líquidas.
Carboidratos
Ver Açúcar e Hidrato de carbono
Cariogamia
Fusão dos núcleos de células haplóides (n) formando uma célula ovo ou zigoto (2n)
Cariograma
Ver heredograma.
Carioplasma
Parte líquida que forma o núcleo da célula e onde encontramos em suspensão o material genético.
Carioteca
Membrana nuclear, presente nas células eucariontes.
Cariótipo
Coleção de gens que formam um indivíduo.
Caroteno
Pigmento amarelo ou alaranjado existente em plantas e em algumas algas; convertido a vitamina A no fígado dos vertebrados.
Carpelo
Ou pistilo; megaesporófilo das plantas angiospermas; é formado pelas folhas carpelares enroladas e soldadas; a parte dilatada e oca do carpelo é o ovário, no interior do qual se encontram os óvulos. Pode-se dizer que é a unidade do aparelho reprodutor feminino dos vegetais. (ver gineceu).
Caulículo
Parte do embrião vegetal que forma o caule. (ver radícula).
Célula Eucariótica
Aquela que apresenta-se constituída de carioteca.
Celulose
Polissacarídio formado pela união de milhares de moléculas de celobiose; cada celobiose é formada por duas glicoses unidas; a celulose é o principal componente da parede da célula vegetal.
Centríolos
Organela citoplasmática presente nas células eucariontes, com exceção das plantas frutíferas; suas funções são originar cílios e flagelos e organizar o fuso acromático.
Centrômero
Ou constrição primária. É a parte previamente espiralada que forma o cromossomo. É a parte mais condensada que forma e divide o cromossomo.
Cianobactérias
Denominação de seres Monera que embora apresentem características de bactérias, apresentam também a clorofila, como as algas cianofícias.
Cianófitas
Designação de seres cianofícios
Cianossomas
Estrutura celular característica das algas cianofícias que contém pigmentos como a ficocianina e a ficoeritrina
Ciliados
Ver Cilliophora
Cílios
Estrutura filiforme presente na superfície de certas células, em geral mais curtas que o flagelo; sua função é promover movimentos (para a natação, limpeza ou captura de alimentos)
Cilliophora
Ciliados; classe de protozoários cujos representantes se locomovem por meio de cílios.
Cinetócoro
Ver centrômero.
Cissiparidade
Ou divisão binária; forma de reprodução assexuada em que organismos unicelulares se reproduzem pela simples divisão da célula.
Cístron
Ver gens.
Citocinese
Divisão do citoplasma que ocorre posteriormente à cariocinese e que completa o processo de divisão celular.
Citocromos
Proteína que contém heme (pigmento); funciona como portador de elétrons em uma cadeia de transporte de elétrons; está implicada na respiração celular e na fotossíntese.
Citofaringe
Local estreito por onde há passagem de alimentos em seres unicelulares.
Citopígeo
Ou citoprocto; local da célula de certos tipos de protozoários por onde os resíduos do processo digestivo são eliminados.
Citoplasma
Região da célula onde se encontram as organelas; o fluido aí presente é o hialoplasma.
Citóstoma
Abertura presente na célula de certos tipos de protozoários por onde o alimento é ingerido.
Clamídeas
Bactérias muito pequenas que se apresentam como parasitas intracelulares obrigatórias.
Clasmatose
O mesmo que clasmocitose. Eliminação de restos digestivos pela célula, através da fusão do vacúolo residual com a membrana plasmática.
Clasmocitose
Ver clasmatose.
Clivagem
Ou segmentação; cada uma das primeiras divisões que ocorrem no ovo; primeiras fases do desenvolvimento embrionário.
Clorofila
Substância orgânica que contém magnésio, presente no interior dos cloroplastos; responsável pela captação e aproveitamento da energia luminosa no processo de fotossíntese.
Cloroplastos
Ver Plasto e Clorofila.
Co-dominante
Ou sem dominância. Termo que define o comportamento de um gens que em homozigose se manifesta livremente, mas em heterozigose divide ou combina suas características com seu par diferente.
Coenzima
Molécula orgânica que desempenha papel acessório em processos catalisados por enzimas; freqüentemente funciona como doador ou aceptor de uma substância envolvida na reação; NAD, NADP e FAD são coenzimas comuns.
Colágeno
Material protéico fibroso existente nos ossos, tendões e outros tecidos conjuntivos.
Colênquima
Tecido vegetal de sustentação, formado por células alongadas e vivas (fibras colenquimáticas); as paredes dessas células têm reforços adicionais de celulose (ver esclerênquima).
Complexo de Golgi
Organóide celular originado do retículo endoplasmático liso. Apresenta-se como um conjunto de vesículas achatadas e sobrepostas, distribuídas de forma irregular no citoplasma celular.
Condrioma
Termo em desuso, antigamente empregado para designar o conjunto de mitocôndrias da célula.
Conectivo
Parte do estame que liga a antera ao filete no androceu de flores angiospermas.
Conjugação
Processo sexual em que há união temporária de dois indivíduos, com troca de material genético.
Cormófita
Ver traqueófita.
Corola
(Do latim: corolla, dim. de corona, coroa) Conjunto de pétalas; geralmente a parte manifestamente colorida da flor. Está associada a proteção da parte reprodutora da flor e também é um dos principais atrativos para agentes polinizadores.
Cotilédone
(Do grego: kotyedon, cavidade em forma de taça) Estrutura, semelhante afolha, no embrião de uma planta seminífera; relaciona-se com a digestão e armazenamento de alimento que irão nutrir o embrião vegetal nas primeiras fases de vida.
Crick
Francis Crick. Ver Watson, James.
Crisáfitas
O mesmo que crisótifas. Algas protistas simples com pigmentos como o caroteno e a xantofila. São predominantemente marinhas, fazendo parte do plâncton.
Cromátide
Cada um dos dois filamentos cromossômicos que se mantêm unidos pelo centrômero após a duplicação cromossômica; assim que separadas na anáfase, cada cromátide passa a ser chamada de cromossomo.
Cromatina
Material filamentoso, muito corável, presente no núcleo das células; corresponde ao conjunto de cromossomos descondensados presentes na célula interfásica.
Cromatóforos
Célula pigmentada presente na superfície corporal de certos animais invertebrados (moluscos, crustáceos etc.)e de certos vertebrados (peixe, anfíbios etc.); pelo espalhamento ou concentração dos grãos de pigmento nos cromatóforos, o animal varia sua cor e tonalidade, confundindo-se com o ambiente.
Cromonema
Filamento de DNA, desespiralado que forma a cromatina.
Cromoplastos
Plastos que apresentam pigmentos coloridos. Ex. cloroplastos, xantoplastos, eritroplastos, etc.
Cromossomos
Cada um dos filamentos presentes no núcleo das células eucariontes, constituído basicamente por DNA e proteínas; nele situam-se os genes.
D
D
Vitamina D ou calciferol. Vitamina lipossolúvel que combate o raquitismo. Principais fontes: De origem animal, esta vitamina se forma através de reações que ocorrem com próvitaminas na pele, quando o indivíduo toma sol.
Desmossomos
Especialização de membrana plasmática que permite uma melhor adesão entre as células vizinhas. Também conhecidos como macula adherens.
Desoxirribonucleico (ácido)
O mesmo que DNA
Desoxirribose
Açúcar com 5 átomos de carbono na molécula (pentose), componente da molécula de DNA.
Diatomácea
Espécie de alga protista que reserva grande quantidade de diatomito em seu organismo.
Dicotiledônea
(Do grego: kotyedon, cavidade em forma de taça) subclasse de angiospermas, nas quais há duas folhas de semente, ou cotilédones, além de outras características distintas.
Dinoflagelados
Algas protistas conhecidas como pirrofícias. São conhecidas por provocarem um fenômeno denominado de maré vermelha.
Diplóide
Célula que contém dois genomas. Simbolizada por (2n).
Dispnéia
Falta de ar. Dificuldade respiratória.
Divisão Celular
Processo pelo Qual uma célula se divide em duas outras; é através desse processo que células procariontes e eucariontes se reproduzem; a mitose das células eucariontes é um tipo de divisão celular.
DNA
Tipo de ácido nucléico constituído por desoxirribose, fosfato e pelas bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e timina; a molécula de DNA é filamentosa, de cadeia dupla, em arranjo helicoidal (dupla-hélice); no DNA estão escritas em código as informações hereditárias.
Dominante
Gens dominante. Àquele que se expressa tanto em homozigose quanto em heterozigose.
Dormência
É o período que a semente leva para germinar após estar em ambiente propicio.
Down
Ver síndrome de Down.
E
E
Vitamina E ou tocoferol. Vitamina lipossolúvel que combate a esterilidade e é antioxidante. Principais fontes: alface, milho e amendoim.
Ectoplasma
Parte mais externa do citoplasma. Também conhecido como citoplasma gel por apresentar-se mais denso (gelatinoso).
Edwards
Ver síndrome de Edwards
Eferente
Aquele que sai. Nervos que levam impulsos nervosos do SNC são chamados de nervos eferentes, por exemplo. Ver também aferente.
Elementos Quimiossintetizantes
Estruturas ou substâncias que participam da fotossíntese. Pode designar tanto cloroplastos como grânulos de clorofila ou ainda tilacóides.
Endocitose
Entrada de substância em uma célula por transporte ativo
Endoesqueleto
Esqueleto interno. Como o esqueleto ósseo nos animais
Energia de Ativação
Quantidade mínima de energia para que uma reação química ocorra.
Envoltório Celular
O mesmo que membrana citoplasmática ou plasmalema
Envoltório Nuclear
Membrana nuclear ou carioteca. Envolve e protege o material nuclear da célula. É também responsável pelas trocas que o núcleo realiza com o citoplasma.
Ergastoplasma
Ver Retículo Endoplasmático.
Esclerênquima
Tecido vegetal de sustentação, formado por células alongadas e mortas (fibras esclerenquimáticas); as paredes dessas células são formadas por celulose impregnada de lignina (ver colênquima)
Escorbuto
Doença provocada pela carência de vitamina C, com aparecimento de lesões da mucosa intestinal, com hemorragias digestivas, vermelhidão das gengivas, que sangram facilmente e enfraquecimento dos dentes.
Espermáfita
Vegetal que forma semente. Dividem-se em angiospermas e gminospermas
Espermatozóide
Célula haplóide, móvel (flagelada) de reprodução em animais.
Espícula
Elemento esquelético, calcário ou silicoso, presente em determinados espongiários.
Espiroqueta
Espécie de bactéria que apresenta-se em forma de espiral
Esporos
Denominação genética de uma célula reprodutiva capaz de permanecer em estado dormente por um tempo prolongado, até encontrar condições para se desenvolver, presente em certas bactérias, algas, fungos e plantas.
Esporulação
Fenômeno que produz esporos.
Estame
(Do latim: um filamento) O órgão masculino de uma flor; produz microsporos ou grãos de pólen; geralmente consiste de um filamento que tem no ápice uma antera. (ver androceu).
Estigma
Porção superior do estilete, geralmente dilatada e pegajosa, onde aderem os grãos de pólen que irão fecundar a flor.
Estilete
Porção tubular do carpelo (ou pistilo). Parte alongada do carpelo que conduz o tubo polínico no processo de fertilização do vegetal.
Estômato
Estrutura presente na epiderme das folhas, formada por células arqueadas (células estomáticas), tendo um orifício entre elas (ostíolo) por onde ocorrem as trocas gasosas.
Eucarionte
Ou eucarioto; tipo celular que apresenta sistemas membranosos e organelas no citoplasma; a carioteca está presente, delimitando o núcleo, onde se encontram os cromossomos (ver também Procarionte)
Euglena
Espécie de alga do grupo das euglenófitas. A mais conhecida é a Eugleunia viridis que possui dois flagelos e é dotada de vacúolo contrátil.
Exocitose
Saída de substâncias da célula.
Exoesqueleto
Esqueleto que cobre o corpo pelo lado de fora; comum nos artrópodes.
F
Fagocitose
Processo pelo qual certas células englobam partículas relativamente grandes, com o auxílio de pseudópodes.
Fagossomos
Bolsa membranosa que contém a partícula capturada pelo processo de fagocitose.
Fanerógama
Ver espermáfita.
Fase vegetativa
Fase de vida onde o ser não apresenta-se com propriedades de desenvolvimento ou de multiplicação. Seu metabolismo é muito baixo e sua interação com o ambiente é praticamente nula.
Febre Tifóide
Doença bacteriana causada pela Salmonela typhi
Fibrinogênio
Proteína presente no sangue, precursora da fibrina; participa da coagulação do sangue.
Filete
Parte alongada do estame que sustenta a antera, no androceu, aparelho reprodutor masculino do vegetal.
Fitoplâncton
Conjunto de seres fotossintetizantes que compõem o plâncton; são os principais produtores do bioma aquático.
Flagelado
Ver Mastigophora.
Flagelo
Estrutura filiforme presente na superfície celular, em geral mais longa que o cílio, cuja função é promover movimentos (para natação ou captura de alimento).
Floema
(Do grego: phloos, casca) Tecido vascular que conduz carboidrato e outras moléculas orgânicas das folhas para as outras partes da planta; constituído de células crivadas (nas ginospermas) ou de tubos crivados e células-companheiras (nas angiospermas), de parênquima e de fibras. Também denominado de vaso liberiano ou liber.
Fosforilação oxidativa
Formação de moléculas de ATP com a energia proveniente de processos de oxidação.
Fotofosforilação acíclica
Conjunto de reações químicas mediada pela luz que ativa certas substâncias para absorverem átomos de fósforo, retendo nestas ligações energia química.
Fotólise
Reação mediada pela luz que decompõe uma determinada molécula.
Fotossíntese
Processo em que substâncias inorgânicas originam substâncias orgânicas com utilização da energia luminosa.
Fraterno
Gêmeos fraternos. Irmãos que embora tenham compartilhado do mesmo período de gestação, derivam de óvulos diferentes, fecundados por espermatozóides diferentes. também chamados de bivitelinos. Estes irmão não apresentam a mesma herança gênica. Portanto podem ou não pertencerem ao mesmo sexo.
Fruto
(Do latim: fructus) É o ovário desenvolvido e amadurecido após a fecundação.
Fuso acromático
Filamentos de proteínas formadas durante a divisão celular e que se ligam ao cinetócoro dos cromossômos duplicados a fim de promover sua separação.
G
Genealogia
Ou árvore genealógica ou pedigree. É o estudo das características gênicas de uma determinada família.
Genoma
(1) É o conjunto simples de cromossomos de uma célula. É o conjunto formado por apenas um cromossomo de cada tipo, na espécie estudada. No ser humano o genoma é constituído de 23 cromossomos diferentes. (2) Projeto genoma, denominação dada a tarefa de decodificação do DNA humano aceita por diversas nações associadas.
Gens
Segmento de DNA que contém instruções capazes de codificar uma proteína.
Giminospermas
Classe da divisão Tracheophyta, caracterizada por formar estruturas reprodutivas florais (estróbilos) e sementes nuas (não há fruto); ex.: pinheiros, ciprestes e cicas.
Gineceu
Conjunto de carpelos (pistilos) que formam o aparelho reprodutor feminino em flores de gminospermas.
Ginecomastia
Desenvolvimento anormal das glândulas mamárias em homens. Este desenvolvimento só deverá ser considerado anormal se prevalecer por longo tempo. É comum adolescentes apresentarem ginecomastia moderada, sem que isto aponte qualquer anomalia no seu desenvolvimento.
Girino
Forma larvar dos anfíbios, que apresenta vida aquática e respiração branquial.
Glicocálix
Camada de polissacarídeos que reveste uma célula animal externamente.
Glicogênio
Polissacarídio sintetizado a partir da reunião de glicose, e utilizado por animais vertebrados como reserva.
Glicólise
Etapa inicial do processo de quebra da glicose, com produção de energia na forma de moléculas de ATP.
Golgi
Organela presente em células eucarióticas; consiste de vesículas, túbulos e sacos achatados. Funciona na coleção e na aglomeração de substâncias fabricadas pela célula.
H
H
Vitamina H ou biotina. Vitamina hidrossolúvel que combate a dermatite. Principais fontes: vegetais folhosos e verdes.
Haplodiplobionte
Ciclo reprodutivo característico de briófitas e pteridófitas, que alternam o modo de reprodução sexuado e assexuado, além de alternarem também as geração haplóides e diplóides.
Haplóide
Célula que contém apenas um genoma. Simbolizada por (n).
Hemácias
Glóbulo vermelho ou eritrócito; célula vermelha do sangue; possui hemoglobina e é responsável pelo transporte de gás O2 e CO2
Heredograma
Arranjo dos pares cromossômicos distribuídos em ordem decrescente de tamanho.
Heterólogo
Que é diferente. Em genética são cromossômos que não se assemelham em forma, tamanho ou disposição de gens. Em mamíferos formam o par XY (ver X e ver Y).
Heterotrófos
Organismo que, não sendo capaz de produzir seu próprio alimento, necessita obte-lo a partir de outro ser vivo.
Heterozigoto
Que vêm de zigotos diferentes. Gêmeos heterozigotos ou bivetelinos (de diferentes vitelos). (ver fraterno - ver híbrido).
Hialoplasma
Parte líquida do citoplasma. O mesmo que citoplasma indiferenciado.
Híbrido
Em genética indivíduo que para certa característica apresenta gens alelos diferentes. O mesmo que heterozigoto.
Hidrato de Carbono
Ou carboidrato. Nome dado aos açucares cujas moléculas têm fórmula geral Cn(H2O)n; o nome foi dado pela proporção dos átomos da fórmula (ver também Monossacarídeos).
Hidrólise
Tipo de reação química em que ocorre quebra de ligações com a participação de moléculas de água.
Hífas
Filamento que constitui os fungos multicelulares (ver também Micélio)
Hipertônica
Diz-se da solução cuja concentração em solutos é relativamente maior que a de outra (hipotônica).
Hipotônica
Tendo concentração de soluto suficientemente baixa para perder água para outra solução através de uma membrana seletivamente permeável.
Holoenzima
Complexo formado por uma enzima e seu co-fator (substância que ativa a enzima).
Homólogo
Que é igual. Cromossômos homólogos. São pares formados por cromossômos que apresentam o mesmo tamanho, a mesma forma e a mesma seqüência gênica.
Homozigoto
Do mesmo zigoto (ver zigoto). Gêmeos homozigotos, são aqueles que vieram da mesma célula ovo (ou zigoto). Por isto apresentam a mesma carga gênica e apresentam o mesmo sexo. São também chamados univitelinos.
Hormogonia
Espécie de reprodução que ocorre em seres pluricelulares filamentosos. Consiste no rompimento da cadeia celular. Cada pedaço de filamento se regenera em um novo ser.
Hormônio
Substância secretada diretamente por células de glândulas ou de órgãos endócrinos (em animais); hormônio de plantas são chamados fitormônios; os hormônios agem em pequenas quantidades dobre tecidos ou órgãos específicos (alvos do hormônio).
I
Inclusão
Técnica citológica cujo objetivo é endurecer o material biológico para permitir cortes finos (ver também Micrótomo - aparelho especial para este tipo de corte)
Insulina
Hormônio pancreático que faz baixar o nível de açúcar no sangue.
Interdigitações
Especialização de membrana que aumenta a superfície de contato e adesão entre células vizinhas.
Interferon
Substância de origem celular capaz de inibir a multiplicação de células cancerígenas e de certos vírus. Usado para o tratamento de câncer.
Isogamia
Tipo de reprodução sexual, em algas e fungos, no qual os gametas são de tamanho semelhante.
J
Junção Estreita
Especialização de membrana plasmática que se forma entre duas membranas adjacentes ao aderirem entre si, criando uma barreira contra a difusão. Também conhecidas como zonula occludens ou junções oclusivas.
Junção Intermediária
Estrutura parecida com desmossomo, onde algumas regiões da membrana adjacente se contatam em alguns pontos. Também conhecido como zonula adherens.
K
K
Vitamina K ou filoquinona. Vitamina lipossolúvel que combate a hemorragia. Principais fontes: vegetais folhosos e alho.
Klinefelter
Ver síndrome de Klinefelter
L
Lenticela
São aberturas (rachaduras) no ritidoma (casca) dos vegetais. Estas aberturas possibilitam a troca gasosa na região.
Leucócitos
Glóbulo branco; a célula branca do sangue; há diversos tipos de leucócitos, entre os quais podem ser citados os neutrófilos e os linfócitos; sua função é a defesa do organismo (fagocitose e produção de anticorpos).
Leucoplastos
Ver Plastos e Amiloplastos
Liquens
Associação de algas e fungos em relação mutualística; sobrevivem onde nem o fungo nem a alga sobrevivem sozinhos.
Lise
Sufixo, significa "relativo a dissolver".
Lisossomo
Organela presente no citoplasma de célula eucariontes, responsável pela digestão intracelular.
Locus
Local ou posição dos gens no cromossômo.
M
Macula Adherens
Ver desmossoma.
Mastigóforos
Ou flagelados; classe de protozoários cujos representantes se locomovem por meio de flagelos.
Matáfase
Fase da divisão celular que se caracteriza pelo pareamento dos cromossômos na linha equatorial da célula.
Meiose
Processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide origina célula haplóides; é um processo que reduz o número cromossômico (divisão reducional)
Membrana Nuclear
Ver Carioteca
Membrana Plasmática
Ou plasmalema; fina película lipoprotéica que delimita todos os tipos de células vivas.
Meristema
Tecido vegetal indiferenciado, do qual se originam novas células para a formação de outros tecidos.
Mesossomas
Dobra ou invaginação da membrana citoplasmática em certas bactérias originando uma região onde se concentram as enzimas respiratórias.
Metabolismo
Conjunto de todos os processos bioquímicos implicados na manutenção da vida de um ser.
Metacêntrico
Cromossômo metacêntrico. Aquele que está dividido ao meio pelo seu centrômero.
Micélio
Conjunto de hífas que constituem os fungos com raízes de certas plantas
Micoplasma
Ser Monera comparável ao PPLO
Micrognatia
Atrofia da mandíbula. Má formação mandibular.
Micrótomo
Aparelho usado para se obter cortes finos de material biológico, com o objetivo de permitir a observação microscópica.
Microtubulos
Proteínas que formam o citoesqueleto.
Microvilosidades
Cada uma das dezenas de dobramentos microscópicos da membrana de certas células, o que aumenta sua capacidade de absorver substâncias.
Miosina
Uma das proteínas que desliza sobre a actina para produzir a contração muscular. Ver actina.
Mitocôndria
Organela citoplasmática das células eucariontes, responsável pela respiração celular. Também conhecida como condrioma.
Mitose
Processo pelo qual uma célula eucarionte origina, em uma seqüência ordenada de etapas, duas células cromossômica e geneticamente idênticas (ver também divisão celular)
Mixo
Prefixo, significa "mucilagem" ou mistura.
Monocotiledôneas
(Do grego: kotyedon, cavidade em forma de taça) Subclasse de angiospermas, caracterizadas por diversas propriedades, entre as quais está a presença de uma única folha de semente (cotilédone).
Monossacarídeos
Carboidrato de fórmula geral Cn(H2O)n, onde n varia de 3 a 7; a glicose, por exemplo, é um monossacarídeos
Multicelular
Ou pluricelular; diz-se do organismo que é formado por muitas células.
Mutualismo
Ou simbiose; relação ecológica interespecífica em que há vantagens recíprocas para as espécies que se relacionam; difere da protocooperação por ser, ao contrário dela, uma associação permanente e indispensável à sobrevivência das partes.
N
Nucleóide
Região da célula procarionte onde se concentra o material hereditário.
Nucléolo
Corpo denso formado por ribosomos em maturação, presente no núcleo das células eucariontes.
Nucleoplasmas
Plasma contido no núcleo da célula. O mesmo que carioplasma.
Nucleotídeo
Unidade (monômero) das moléculas de ácidos nucléicos; formado por um açúcar, uma base nitrogenada e um ácido fosfórico (fosfato); no nucleotídio de DNA o açúcar é a desoxirribose (desoxirribonucleotídio) e no de RNA é a ribose (ribonucleotídio)
O
Organela
Ou orgânulo; diz-se das estruturas citoplasmáticas presentes nas células vivas.
Osmose
Tipo de difusão que ocorre através de membranas semipermeáveis; apenas o solvente se difunde, da região hipotônica para a hipertônica, com tendência ao equilíbrio de concentração.
Ovário
(1) o órgão que produz as células-ovo (óvulo) nos animais. (2) Nas plantas floríferas, a porção basal alargada de um carpelo ou de carpelos fundidos, contendo o óvulo ou óvulos; o ovário amadurece em fruto. (ver fruto).
P
P
Vitamina P ou rutina. Vitamina hidrossolúvel que combate a fragilidade capilar. Principais fontes: vegetais folhosos e legumes.
Parasita
Organismo que vive em cima ou dentro de um organismo de espécie diferente e dele deriva prejudicialmente, sua nutrição.
Parede Celular
Envoltório relativamente rígido, externo à membrana plasmática, presente em alguns tipos de célula (ver também Parede Celulósica)
Parede Celulósica
Envoltório das células de algas e plantas, formado por fibras de celulose; nas plantas existente uma parede mais fina na célula jovem (parede primária), desenvolvendo-se posteriormente um segundo depósito de celulose (parede secundária)
Patau
Ver síndrome de Patau.
Pedigree
Ver genealogia.
Pelagra
Distúrbio pela falta de vitamina PP que leva a diarréia, dermatite (inflamação da pele e lesões nervosas que afetam o sistema nervoso central, levando à demência.
Pericarpo
Parte do fruto que envolve a semente. Divide-se em epicarpo (parte mais externa ou casca), mesocarpo (marte intermediária) e endocarpo (parte mais interna que normalmente reveste a semente).
Permease
Enzima associada à membrana plasmática, que facilita a entrada de substâncias na célula.
Peroxissomas
Organela parecida com o lisossomo, a qual contém catalase em seu interior; sua função é livrar a célula de certos resíduos tóxicos e participar da conversão de gordura em glicose.
Pétala
Cada uma das peças florais (folhas transformadas) que compõem a corola da flor das angiospermas.
Pigmento
Substância de ocorrência natural que absorve luz.
Pinocitose
Processo pelo qual a célula engloba gotículas líquidas ou pequenas partículas, através dos canalículos que se aprofundam na célula.
Pirrófitas
Espécies de algas que são conhecidas por formarem o fitoplâncton.
Pistilo
Ver Carpelo.
Plâncton
Conjunto de seres do bioma aquático que flutua na superfície ao sabor das correntezas (ver também Fitoplâncton e Zooplâncton)
Plasma
Fluido transparente, incolor, componente do sangue; contém proteínas e sais dissolvidos; é o sangue, removidos os corpúsculos.
Plasmídeos
Comunicação que se estabelece entre citoplasmas de células bacterianas para troca de material genético, possibilitando uma reprodução "sexuada" com recombinação gênica, mesmo sem troca de gamentas
Plasmócitos
Célula do tecido conjuntivo responsável pela produção dos anticorpos teciduais.
Plasmodesmos
Filamento citoplasmático que passa através de um poro pontuação, colocando em comunicação células vegetais vizinhas.
Plastos
Organela citoplasmática presente exclusivamente em células de plantas e de algas; no interior dos plastos de cor verde (cloroplastos) ocorre a fotossíntese; existem plastos sem cor (leucoplastos) cuja função é a reserva de amido.
Pluricelulares
Ver Multicelular.
Pólen
(Do latim: pó fino) Os gametófitos masculinos das plantas seminíferas, no estádio em que são liberados no ambiente. Estrutura que conterá e transportará o gameta masculino e seus anexos no vegetal.
Polinização
Transferência do pólen de onde foi formado (a antera) à superfície receptora (o estigma), nas flores.
Polirribossomas
Cadeia de ribossomos interligados pelo RNAm para a síntese de proteínas
Polissacarídeos
Macromolécula resultante da união de centenas ou milhares de monossacarídios (ver também Amido, Glicogênio e Celulose)
PP
Vitamina PP ou nicotinamida ou niacina. Vitamina hidrossolúvel que combate a pelagra. Principais fontes: vegetais folhosos e legumes.
PPLO
Agente celular, parasita, de dimensões virais do reino Monera.
Procariontes
Ou procarioto; tipo celular que não apresenta sistemas membranosos internos nem organelas; não há carioteca envolvendo o material hereditário ( ver também Eucariontes)
Prófase
Primeira fase da divisão celular. Caracteriza-se pelo início da espiralação cromossômica, desaparecimento dos nucléolos e início da formação dos fusos acromáticos.
Progesterona
Hormônio produzido pelo corpo amarelo do ovário e também pela placenta; seu efeito é preparar o organismo feminino para o desenvolvimento embrionário; entre outros efeitos, causa o grande desenvolvimento do endométrio.
Protease
Termo genético que designa as enzimas proteolíticas, isto é, que digerem proteínas.
Protoplasma
Denominação antiga do conteúdo celular.
Protozoário
Organismo unicelular, de vida livre ou parasitária, pertencente ao reino Protista.
Pseudofruto
Quando a estrutura vegetal, popularmente denominada de fruta ou fruto, não corresponde a um fruto verdadeiro (ver fruto), dizemos que trata-se de um pseudofruto (pseudo = falso). Maçã, banana, abacaxi e morango são os mais populares entre os pseudofrutos.
Pseudópodes
Projeção citoplasmática com a qual certos tipos de células locomovem-se e capturam partículas por fagocitose.
Pteridófita
Denominação dada às plantas criptógamas da classe Filicinae (filicíneas); o nome alude ao fato de suas folhas serem formadas por folíolos semelhantes à asas (do grego pteris, asa). Ex.: samambaias e avencas.
Q
Queratina
Proteína fibrosa presente nos animais vertebrados; é o material que constitui as unhas, garras e pêlos e que impregna a superfície da epiderme.
Quimiossíntese
Processo em que substâncias orgânicas são sintetizadas a partir de energia liberada em certas reações químicas inorgânicas.
R
Radícula
Parte do embrião vegetal que forma a raiz. Normalmente é a primeira parte a germinar na semente.
Raiz
Órgão vegetal derivado da radídula do embrião. Tem como principais funções absorção, fixação, estabilização e reserva de nutrientes.
Raiz Axial
Raiz típica de dicotiledôneas que apresentará um eixo principal do qual partem as raízes secundárias. Também conhecida como raiz pivotante.
Raiz fasciculada
Raiz típica de monocotiledônea, onde não há um eixo principal. As ramificações laterais partem do mesmo local. Também conhecida como raiz em cabeleira.
Raquitismo
Doença que se caracteriza pela má formação dos ossos e dos dentes, normalmente decorrente da falta de vitamina D que auxilia na absorção e fixação dos sais de cálcio.
Recessivo
Gene recessivo. Aquele que só se manifesta em homozigose.
Retículo Endoplasmático
Sistema de canalículos membranosos, presentes no citoplasma de células eucariontes, com a função de transporte de substâncias; pode ter membranas lisas (retículo liso) ou com ribossomos aderidos (retículo rugoso ou ergastoplasma). Neste segundo caso é também responsável por síntese de proteínas.
Retidoma
Ou casca. É formado pela sobre posição da epiderme e do súber, dois tecidos vegetais de revestimento que juntos são conhecidos como casca.
Rhizobium
Gênero de bactérias que vive em associação mutualística com raízes de leguminosas.
Ribose
Açúcar com cinco átomos de carbono na molécula (pentose) componente do RNA.
Ribossomos
Grânulo citoplasmático constituído por RNA e proteínas, presentes em células procariontes e eucariontes; é o responsável pela síntese de proteínas (ver também Nucléolo)
Riquetísias
Agente celular, parasita, de dimensões virais do reino Monera.
Rizópodes
Classe de protozoários que se locomovem por pseudópodos.
RNA
Ácido ribonucléico; tipo de ácido nucléico; possui molécula filamentosa de cadeia simples, tem ribose, fosfato e a bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e uracila.
S
Segmentação
Ver Clivagem.
Sépala
Cada uma das peças florais (folhas transformadas) que compõem o cálice da flor das angiospermas.
Simbiose
Literalmente significa viver juntos, coexistir; costuma ser empregado para se referir a relações de benefícios recíprocos (mutualismo) entre seres vivos.
Síndrome de Down
Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico 21 (47, XX, +21). Principais características: hipotonia muscular e hiperflexibilidade das articulações. Língua protusa e dificuldades psicomotoras. Fendas palpebrais oblíquas, orelhas pequenas e displásticas, pescoço curto, anomalia cardíaca, mãos curtas com o 5º dedo curvo e prega palmar horizontal única (prega simiesca). Esta síndrome atinge os dois sexos e está presente na proporção de 1/650.
Síndrome de Edwards
Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico 18 (44,XX, +18). Principais características: hipertrofia muscular, deficiência psicomotora grave. Orelhas displásticas com baixa implantação. Micrognatia, osso externo curto, mãos fechadas com tendência a sobreposição do 2º dedo sobre o 3º e do 5º sobre o 4º dedo. Pilosidade exacerbada. Esta síndrome atinge os dois sexos e está presente na proporção de 1/4000. Difícil sobrevivência.
Síndrome de Klinefelter
Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico sexual (47,XXY). Principais características: Estatura alta com membros alongados. Infertilidade e pouco desenvolvimento dos testículos e do pênis. Ginecomastia e caracteres sexuais secundários pouco desenvolvidos. Esta síndrome gera apenas indivíduos do sexo masculino e está presente na proporção de 1/600.
Síndrome de Patau
Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico 13. (47, XX, +13). Principais características: anomalia cerebral grave e severa deficiência mental. Fissura labial ou palatina. Anomalia genital e cardíaca. Polidactilia. Esta síndrome atinge os dois sexos e está presente na proporção de 1/6000. Difícil sobrevida adulta.
Síndrome de Turner
Aberração cromossômica causada por monossomia no par cromossômico sexual. (XO - 45, XO). Principais características são: má formação do aparelho reprodutor. Baixa estatura, pescoço curto, alado, com mamilos muito afastados e pouco desenvolvidos. Anomalia cardíaca, rim em ferradura e anomalia do cotovelo. Esta síndrome gera apenas indivíduos do sexo feminino e está presente na proporção de 1/3500.
Síndrome do cri du chat
Aberração cromossômica causada por deleção de um segmento do braço curto de um dos cromossomos do par 5. Principais características: Microcefalia, retardo mental e um choro característico que se assemelha ao miado de um gato (daí o nome da síndrome). Esta síndrome atinge ambos os sexos e está presente 1/75000.
Somático
O que forma o corpo. Em genética cromossômos somáticos são os que determinam a formação do organismo, independente da característica sexual.
Súber
Ou cortiça; tecido vegetal de proteção, presente ao redor de caules e raízes de plantas que cresceram em espessura; as células dos súber são mortas, em decorrência da impregnação de suberina em suas paredes.
Submetacêntrico
Cromossomo em que o centrômero está levemente deslocado do centro. (ver centrômero).
Substrato
A base de fixação de um organismo. Substância que sofre a ação de uma enzima.
T
Talófita
Termo que define vegetais sem tecido condutor e que não distingem o corpo principal (talo) das folhas e ramos.
Telocêntrico
Cromossômo em que o centrômero está deslocado para a parte terminal. (ver centrômero).
Telófase
Última fase da divisão celular. Caracteriza-se pela desespiralação cromossômica, reorganização da carioteca, reaparecimento do nucléolo e citocinese.
Testosterona
Hormônio masculino, produzido por certas células do testículo (célula intersticiais ou de Leydig) induz o impulso sexual e o aparecimento das características sexuais secundárias masculinas.
Tireóide
Glândula endócrina situada na região do pescoço, cujos hormônios (tiroxina e triodotironina) controlam o metabolismo geral do corpo.
Transdução
A transferência de material genético (DNA) de uma bactéria para outra por um bacteriófago lisogênico.
Traqueófita
Divisão Tracheophyta; planta dotada de sistemas de vasos condutores de seiva (vasculares); são as filicíneas (ver pteridófita), gimnospermas e angiospermas.
Turner
Ver síndrome de Turner.
U
Úlcera
Genericamente, lesão superficial de um órgão. Úlceras pépticas são ulcerações da mucosa do estômago e do duodeno.
Unicelulares
Composto por apenas uma célula.
Univitelinos
De mesmo vitelo. Ver homozigoto.
Uréia
Substância produzida pelo fígado dos vertebrados a partir da amônia e do gás carbônico. Sua síntese é uma maneira de reduzir a toxidade provocada pela amônia produzida no metabolismo celular.
V
Vacúolo
Nome genérico de uma pequena bolsa presente no citoplasma das células, cujo conteúdo é variável (soluções aquosas, alimentos, enzimas etc.)
Vacúolo Citoplasmático
Designação de espaço no citoplasma limitado por membrana. Os vacúolos recebem denominação conforme sua origem ou função. Ex.: fagossomo (origina-se da fagocitose); vacúolo digestivo (função de digestão intracelular).
Vacúolo Contrátil
Vacúolo presente em protozoários de água doce (ameba, paramécio etc.) responsável pela eliminação, a pulsos regulares, do excesso de água que entra no citoplasma devido à osmose.
Vacúolo Digestivo
Bolsa membranosa formada pela união de lisossomos com fagossomos ou pinossomo, onde ocorre a digestão intracelular.
Vacúolo Pulsátil
O mesmo que Vacúolo Contrátil.
Vascular
Relativo a vasos. Que possui vasos sangüíneos (animal) ou vasos condutores (vegetais).
Vaso
Estrutura tubular pela qual se conduzem materiais.
Vesículas Fagocitárias
O mesmo que fagossomo (ver vacúolo citoplasmático).
W
Watson
James Watson, geneticista e biofísico norte-americano que elaborou junto com Francis Crick o modelo da estrutura molecular do DNA.
Weismann
August Weismann, biólogo alemão que viveu entre 1834-1914. Foi Weismann que estabeleceu pela primeira vez a diferença entre células somáticas e germinativas. Este biólogo ficou famoso pelas experiências que fez (como cortar por várias gerações o rabo de camundongos) para provar que as teorias de Lamarck estavam erradas e que as características adquiridas não poderiam ser transmitidas aos descendentes.
X
X
Cromossômo X. Cromossômo que em mamíferos determina a formação de características sexuais femininas. Para a formação do sexo feminino é preciso o par XX. (ver Y).
Xantofila
Pigmento amarelo que ocorre nas plantas, membro do grupo dos carotenóides.
Xerofitalmia
Processo de ressecamento e ulceração da córnea transparente do olho, normalmente causada pela falta de vitamina A, podendo levar a cegueira parcial ou total.
Xilema
Ou lenho. Tecido responsável pela condução da seiva bruta das plantas traqueófitas.
Y
Y
Cromossomo Y. Cromossômo que em mamíferos determina a formação de características sexuais masculinas. Para a formação do sexo masculino é preciso o par XY. (ver X)
Yoldia limatula
Primitivo molusco protobrânquio (primeiras brânquias), bivalvo.
Z
Zigoto
Ovo ou zigoto é a denominação da célula formada após a fusão dos gametas masculinos. Ver cariogamia.
Zonula adherens
Ver junção intermediária.
Zonula occludens
Ver junção estreita.
Zooplâncton
Conjunto de animais do plâncton; têm pequeno tamanho e se alimentam dos seres do fitoplâncton.